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Beyoncé: trajetória, prêmios e legado da diva pop que quebrou barreiras no entretenimento

De Destiny’s Child a Cowboy Carter, conheça a história e as fases que transformaram Beyoncé em uma das maiores artistas da história da música e da cultura pop.

08/07/2025 - 16h05min

Natalie Oliveira
Natalie Oliveira
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Reprodução/Internet
Beyoncé: trajetória, prêmios e legado da diva pop que quebrou barreiras no entretenimento.

Ela não é apenas uma das maiores vozes da música mundial, Beyoncé é um verdadeiro fenômeno cultural que moldou gerações, redefiniu o pop e quebrou barreiras dentro e fora dos palcos. Com mais de duas décadas de carreira solo, dezenas de prêmios e recordes históricos, a cantora, compositora, atriz, diretora e empresária construiu um império baseado em talento, trabalho duro e reinvenção constante.

De Destiny’s Child ao aclamado Cowboy Carter, passando por marcos como Lemonade e o show histórico no Coachella, Beyoncé segue provando que seu nome não é apenas sinônimo de sucesso, mas de transformação. Nesta matéria, revisitamos sua trajetória, conquistas e o impacto que a elevou ao status de ícone global.

Infância e primeiros passos na música

Beyoncé Giselle Knowles nasceu em 4 de setembro de 1981, em Houston, no Texas. Filha da estilista Tina Knowles e do executivo Mathew Knowles (que acreditava tanto no potencial da filha que largou seu emprego formal para agenciá-la), ela cresceu ao lado da irmã mais nova, Solange. A infância da futura diva foi marcada pela vida no bairro de Third Ward e pela adolescência no Missouri, onde ajudava a mãe no salão de beleza — varrendo o chão e fazendo pequenas apresentações para os clientes.

Desde cedo, Beyoncé mostrou aptidão artística: participou de corais nas igrejas frequentadas pela família e estudou em escolas de arte como a Parker Elementary School, a Kinder High School for the Performing and Visual Arts e a Alief Elsik High School. Nessas instituições, participou de shows de talentos e grupos vocais que ajudaram a moldar sua voz e presença de palco.

Mesmo após alcançar o estrelato, Beyoncé nunca esqueceu suas origens. Ela frequentemente homenageia Houston em sua música e videoclipes, como no clipe de “Blow”, de 2013, gravado na pista de patinação Fun Plex, de sua cidade natal. No mesmo ano, criou a fundação BeyGood, que tem apoiado Houston com ações como bolsas de estudo, postos de teste de COVID-19 e programas de incentivo a pequenas empresas negras durante a pandemia.

O destino de uma rainha

Tudo começou nos anos 90, quando Beyoncé ainda adolescente integrou o grupo Girls Tyme, ao lado de Kelly Rowland e Michelle Williams, que mais tarde se transformaria no Destiny’s Child.

O Destiny’s Child foi um dos maiores grupos femininos da história do pop e do R&B, dominando as paradas nos anos 2000 com hinos icônicos como “Survivor” (número um na Billboard 200), “Say My Name” e “Bootylicious”. Com milhões de discos vendidos, o grupo abriu portas para a carreira solo de Beyoncé, que já se destacava com brilho próprio.

Durante sua trajetória no Destiny’s Child, Beyoncé conquistou dois Grammys em 2001 com “Say My Name”, que venceu Melhor Performance de R&B por Duo ou Grupo com Vocais e Melhor Canção de R&B. No total, o grupo acumulou nove indicações ao Grammy e consolidou sua relevância no cenário musical mundial da virada do milênio.

Em 2002, o grupo voltou a ser indicado ao Grammy de Melhor Álbum de R&B por Survivor e venceu novamente com a faixa-título na categoria Melhor Performance de R&B por Duo ou Grupo com Vocais.

Carreira solo: de “Crazy in Love” a Lemonade

Em 2003, Beyoncé lançou Dangerously in Love, seu álbum de estreia solo, que trouxe sucessos como “Crazy in Love” (com Jay-Z) e “Baby Boy”. Dali em diante, não parou mais. Vieram álbuns como B’Day, I Am... Sasha Fierce (que nos presenteou com “Single Ladies”), 4, o visual álbum Beyoncé (que quebrou a internet) e o aclamado Lemonade, obra audiovisual que transformou questões pessoais e sociais em arte e manifesto da mulher negra.

As seis indicações ao Grammy pelo debut solo deixaram claro que Beyoncé havia vindo para dominar. Em 2004, ela levou cinco prêmios, incluindo Melhor Álbum de R&B Contemporâneo por Dangerously in Love e Melhor Canção de R&B por “Crazy in Love”, além de colaborações com Luther Vandross e Jay-Z.

B’Day, atuação e vida pessoal (2006–2014)

Seguindo com o sucesso, Beyoncé lançou B’Day em 2006, com hits como “Irreplaceable”, reforçando sua força no pop e no R&B. No mesmo ano, brilhou também ao lado do Destiny’s Child, indicado novamente ao Grammy pelo álbum Destiny Fulfilled e pelos singles "Cater 2 U" e "Soldier". Ainda nesse período, ganhou seu primeiro Grammy ao lado de Stevie Wonder com “So Amazing”.

No cinema, mostrou seu talento ao protagonizar Dreamgirls (2006), onde conquistou elogios e o Critics' Choice Award por Melhor Canção Original com “Listen”. Em 2007, voltou ao Grammy com mais indicações e venceu na categoria Melhor Álbum de R&B Contemporâneo por B’Day.

E, como se a carreira já não estivesse no auge, em 2008 Beyoncé oficializou seu relacionamento com Jay-Z, tornando-se um dos casais mais poderosos (e vigiados) do showbiz. A partir daí, vida pessoal e carreira se entrelaçaram ainda mais, criando um império que ultrapassou a música.

Em 2014, o incidente no elevador envolvendo Jay‑Z e Solange ganhou as manchetes e gerou especulações sobre tensões no casamento real da música. No ano seguinte, Beyoncé colecionou três Grammys por “Drunk in Love” (com Jay‑Z) e o álbum homônimo Beyoncé de 2013.

The Carters e Renaissance: domínio total (2018–2023)

Depois de muita especulação na mídia sobre uma possível gravidez, Beyoncé e Jay-Z decidiram anunciar a chegada do primeiro filho em grande estilo: foi durante o MTV Video Music Awards de 2011 que a cantora exibiu sua barriga, roubando a cena e quebrando recordes de audiência.

Em janeiro de 2012, nasceu Blue Ivy Carter, primeira filha do casal. Para garantir privacidade nesse momento tão especial, eles alugaram um andar inteiro do Hospital Lenox Hill, em Nova York.

Anos depois, em fevereiro de 2017, Beyoncé surpreendeu os fãs novamente com um post no Instagram anunciando que estava grávida de gêmeos. A foto, repleta de flores e simbolismo, rapidamente se tornou a publicação mais curtida do ano na plataforma, ultrapassando 11 milhões de likes. Em junho daquele ano, nasceram Sir e Rumi, um menino e uma menina.

Embora o casal tenha mantido o nascimento e os nomes sob sigilo inicial, registros oficiais no Escritório de Patentes e Marcas dos EUA confirmaram os nomes. Pouco tempo depois, na madrugada de 14 de julho, Beyoncé apresentou oficialmente os gêmeos ao mundo com uma foto icônica segurando os dois bebês.

Em 2018, Beyoncé e Jay-Z lançaram Everything Is Love, vencedor do Grammy de Álbum Urbano Contemporâneo. No mesmo ano, fez história ao ser a primeira mulher negra headliner solo do Coachella, com um show tão icônico que virou o documentário Homecoming (2019), vencedor de outro Grammy.

Em 2021, bateu mais recordes: tornou-se a artista feminina com mais Grammys da história, somando vitórias com músicas como “Brown Skin Girl”, “Black Parade” e “Savage Remix”.

Em 2022, lançou Renaissance, álbum dance que celebra as raízes queer da dance music e lhe rendeu mais quatro Grammys. No ano seguinte, sua Renaissance World Tour arrecadou US$ 579 milhões e se tornou a turnê feminina de maior bilheteria da história.

Cowboy Carter: nova fronteira (2024–2025)

Em 2024, Beyoncé surpreendeu novamente ao lançar Cowboy Carter, seu primeiro álbum country, quebrando barreiras como a primeira mulher negra a liderar a Billboard Country. No Grammy de 2025, venceu Álbum do Ano e Melhor Álbum Country, consagrando de vez seu talento multifacetado.

Confira a discografia completa de Beyoncé:

  • Dangerously in Love (2003)
  • B'Day (2006)
  • I Am... Sasha Fierce (2008)
  • 4 (2011)
  • Beyoncé (2013)
  • Lemonade (2016)
  • Renaissance (2022)
  • Cowboy Carter (2024)

Beyoncé é inegavelmente uma das artistas mais influentes e revolucionárias de seu tempo. Com conquistas históricas, impacto cultural e coragem para quebrar padrões, ela deixou de ser apenas uma estrela pop para se tornar um símbolo global de reinvenção e poder feminino.



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