
Você piscou e a Taylor Swift embolsou o PIB de um país com a Eras Tour. Se você sente que as turnês estão mais grandiosas, caras e rentáveis mais do que nunca, você não está errado.
Os shows ao vivo se consolidaram como a principal engrenagem financeira da indústria da música, e os números realmente são absurdos.
Mas afinal, quais são as turnês mais lucrativas da história? E o que elas revelam sobre o gosto do público, a força do pop e os bastidores bilionários da música?
As 10 turnês mais lucrativas da história da música (com valores atualizados)
A lista abaixo é baseada em dados cruzados por diferentes bases de dados e outras fontes especializadas sobre o assunto, até 2024. Os números consideram receita bruta, não descontando custos operacionais.
Confira abaixo, na tabela, as 10 turnês mais lucrativas da história da música:
1. Taylor Swift – The Eras Tour (2023–2024)
Lucro estimado em US$ 2,08 bilhões, em cerca de 149 shows.
2. Coldplay – Music of the Spheres World Tour (2022–2025)
Aproximadamente US$ 1,15 bilhão, com cerca de 194–200 shows.
3. Elton John – Farewell Yellow Brick Road Tour (2018–2023)
Arrecadou cerca de US$ 939 milhões ao longo de 330 shows.
4. Ed Sheeran – ÷ (Divide) Tour (2017–2019)
Lucro de US$ 776 milhões, com 255 shows.
5. U2 – 360° Tour (2009–2011)
Cerca de US$ 736 milhões em 110 shows.
6. Harry Styles – Love on Tour (2021–2023)
Aproximadamente US$ 617 milhões, com 169 shows.
7. Beyoncé – Renaissance World Tour (2023)
Lucro de US$ 580 milhões, tornando-se a turnê feminina mais lucrativa.
8. Guns N’ Roses – Not in This Lifetime... Tour (2016–2019)
Bilheteria de US$ 584 milhões em 158 shows.
9. The Rolling Stones – A Bigger Bang Tour (2005–2007)
Cerca de US$ 558 milhões.
10. The Rolling Stones – No Filter Tour (2017–2021)
Lucro de US$ 547 milhões.
Por que as turnês estão batendo recordes?
É possível identificar dois motivos para o grande sucesso das turnês musicais: experiência e escassez.
Em um mundo dominado por streamings e algoritmos, os artistas encontraram nos shows ao vivo uma forma de criar eventos únicos, instagramáveis e altamente monetizáveis. Não é só sobre ouvir a música, é sobre viver o espetáculo.
Além disso, a pandemia represada aumentou a demanda por eventos presenciais. Some isso a ingressos premium, merchandising, parcerias comerciais e voilá: um bilhão na conta.
O domínio pop (e o fim da banda de rock como padrão de sucesso?)
É impossível ignorar o novo protagonismo feminino (e pop) nessa lista. Taylor e Beyoncé, por exemplo, pavimentaram o caminho de uma nova era onde coreografias, figurinos e storytelling valem tanto quanto solos de guitarra. O pop venceu e venceu bonito.
Já as bandas de rock, que antes dominavam as turnês mais lucrativas, hoje ocupam menos espaço. Isso diz mais sobre a mudança de comportamento do público do que sobre falta de qualidade.
Como a era digital turbinou os shows ao vivo
Hoje, uma turnê já nasce pensando no TikTok, no YouTube e em pacotes VIP vendidos a preços surreais. A Eras Tour, por exemplo, virou até filme de cinema, e claro, também foi um sucesso de bilheteria.
Ou seja, a experiência ao vivo agora se estende para além do palco, virando conteúdo multiplataforma e item de colecionador.
O que esperar do futuro das megaturnês?
Se a tendência continuar, podemos esperar shows cada vez mais espetaculares, interativos e personalizados. IA, hologramas, experiências imersivas... tudo pode virar parte da equação.
Mas uma coisa é certa: quem conseguir transformar um show em evento cultural, vai continuar liderando o ranking das turnês mais lucrativas.