
Justin Bieber lançou hoje (11), de surpresa Swag, seu sétimo disco de estúdio, e já era de se esperar: ele entrega um som mais íntimo, misturando elementos retrô, reflexões pessoais e uma boa dose de swag (literalmente). O álbum conta com 21 faixas, que vai das críticas, passa por pedidos de desculpas, passam declarações de amor etermina louvores a Deus.
O sucessor de Justice (2021) traz um Justin mais maduro, com um som intimista e pessoal.
Inspirado por sua devoção como marido e pai, esta nova era musical impulsionou uma perspectiva mais profunda e um som mais reflexivo, resultando em algumas de suas músicas mais pessoais até agora
DEF JAM RECORDINGS
SWAG é composto por 21 faixas, sendo 14 canções inéditas, seis áudios gravados durante as seções em estúdio e um áudio de Justin cantando um louvor ao lado de Marvin Winans durante um culto.
O álbum abre com reflexões sobre paternidade e termina com faixas mais voltadas para sentimentos reais, como “ZUMA HOUSE” (voz e violão + um áudio cru sobre falhas e perdão) e “FORGIVENESS”, que soa quase como registro de culto, em parceria com Marvin Winans.
Destaques que chamam atenção
“All I Can Take” chega com um quê de Michael Jackson nos anos 80: tem ocarinas, flautas, teclado sintético e uma vibe totalmente nostálgica. Justin pede pra ficar, quase que murmurando em cada nota, numa composição em parceria com Eddie Benjamin e Tobias Jesso Jr., reforçando essa aura saudosista e amorosa.
“Daises” é o momento “esse é o Justin de verdade”: com violão em destaque, bate aquela emoção clássica. Outra composição de Jesso, Benjamin e companhia que funciona como um ombro amigo em forma de melodia.
“YUKON” é a balada que dá voz às dúvidas do ex-namorado apaixonado: “O que eu faria se eu não te amasse, amor?”. É uma faixa gostosinha de ouvir, daquelas que grudam fácil no cérebro.
“Go Baby” é charme e modernidade. Com batida leve, letra divertida e um leve shade contra os fofoqueiros de plantão, mas também uma forma de exaltar a sua musa inspiradora:
“Essa é minha garota, ela é icônica / Capinha de iPhone com gloss labial / E todos os dias ela faz a galera fofocar / É comédia, só bloqueia, oh, meu amor"
“Butterflies”, por sua vez, vira crítica social versionada em pop. Bieber solta o verbo sobre quem só se importa com dinheiro, usando áudio de uma de suas discussões com paparazzis e os versões chicoteiam: “Grana, grana, grana / É só o que você quer, você não se importa com seres humanos / Tudo que você quer é grana”.
Colaborações e interlúdios
Destaque para os interlúdios com Druski em “SOULFUL”, com uma parada reflexiva: “Sua alma é negra, sua pele é branca”, uma óbvia homenagem cultural que traz peso emocional. Já “THERAPY SESSION” expõe conflitos pessoais: Justin fala sobre pressão pública, redes sociais e a busca por equilíbrio mental, oferecendo um olhar cru sobre sua vida.
Há momentos mais pop sex como “SWEET SPOT”, parceria com Sexyy Red, com letra quente e numerão explícito (tirem as crianças da sala, é sério!). Enquanto “STANDING ON BUSINESS” tem outro interlúdio com Druski, que chega até a explicar como lidar com paparazzi.
Veredito final
SWAG é um álbum adulto, honesto e multifacetado. Há pop leve, crítica social, referências anos 80, interlúdios reflexivos e letras que soam como conversas íntimas, embalado por melodias limpas, batidas suaves e um Bieber mais humano e autêntico. É o tipo de álbum que exige fone de ouvido, atenção aos detalhes e disposição para acompanhar uma jornada emocional real.
Se você espera letras rasas, talvez não entenda. Mas se quer acompanhar o Justin crescendo diante dos nossos ouvidos, com falhas, sutilezas e, claro, swag, esse disco é a sua trilha sonora para os próximos meses.