Nos últimos anos eu tenho reparado — e agora o IMS 2025 confirma em números — que a música eletrônica deixou de ser nicho no Brasil. A pesquisa mostra que o país é um dos que mais cresce em consumo do gênero. E quando olho ao redor, isso não me surpreende. Basta pensar: quantos amigos teus hoje estão indo a festas, festivais ou até ouvindo playlists de música eletrônica em casa, no carro ou na academia?

Festivais de música no Brasil
Esse movimento não é isolado. Ele se conecta com o cenário global. No Coachella, por exemplo, o lineup tem dado cada vez mais espaço à música eletrônica. Segundo dados da Booking Agent Info, 45% dos artistas anunciados estão ligados ao gênero da música eletrônica, com um crescimento de 6% em relação à edição anterior. Ou seja: um dos maiores festivais do mundo já entende que o pulso da cultura jovem passa, e muito, pelas pistas.
Aqui no Brasil, o The Town trouxe um exemplo simbólico: o The Tower. Não era só mais um palco. Estamos falando de uma estrutura de 25 metros de altura, com orquestra, bailarinos, coral, narrativa imersiva e DJs como Cat Dealers, Dubdogz, Liu e Victor Lou comandando a pista depois do Palco Skyline. Isso é gigante. É a prova de que a eletrônica não é mais “coadjuvante” — ela é parte essencial da experiência de um festival desse porte.
Madonna na música eletrônica
E pra deixar ainda mais claro que estamos vivendo um momento especial: até Madonna decidiu voltar às pistas. Em 2026, ela lança um álbum de dance music, uma sequência direta do clássico Confessions on a Dance Floor. Não é pouca coisa. A artista pop mais influente do planeta poderia escolher qualquer direção, mas voltou pro eletrônico. Isso não é só nostalgia — é reconhecimento de que esse é o som que conecta gerações hoje.
O que esses exemplos mostram? Que a escalada da música eletrônica no Brasil faz parte de um fenômeno global. Mas aqui tem um sabor especial: a cena nacional continua amadurecendo, criando identidade própria e, ao mesmo tempo, dialogando com o que acontece lá fora. Seja no IMS, no Coachella, no The Town ou no anúncio da Madonna, a mensagem é a mesma: a música eletrônica está no centro da conversa cultural.
E quem tá na pista sente isso na pele.
Diz aí: o nosso querido Planeta Atlântida merece um palco dedicado à música eletrônica novamente?