
A partir de março de 2026, o Espírito Santo vai viver uma experiência inédita no Brasil: supermercados, mercados, atacarejos, hortifrútis e até lojas de materiais de construção estarão proibidos de abrir aos domingos. A decisão é resultado de um acordo entre sindicatos de trabalhadores e patronais, que enxergam no modelo um possível caminho para melhorar a qualidade de vida dos funcionários sem colapsar o consumo.
O período de teste vai de 1º de março a 31 de outubro de 2026, quando os resultados serão avaliados para decidir se a iniciativa continua. A proposta é inspirada em práticas comuns na Europa, onde o descanso dominical é encarado como um direito social e uma estratégia de bem-estar coletivo.
Para o consumidor, a mudança significa reorganizar a rotina de compras; para o setor, significa repensar faturamento, logística e fluxo de trabalho. E é aí que a experiência se torna um “laboratório” que pode servir de referência para outras regiões do Brasil.
Como funciona o modelo europeu que inspirou o Espírito Santo?
Em vários países da Europa,como Alemanha, França e Suíça, o fechamento do comércio aos domingos é tradição, muitas vezes amparada por lei ou acordos trabalhistas. A lógica é simples: garantir descanso, fortalecer convivência familiar e incentivar hábitos de consumo distribuídos ao longo da semana.
Esses países apostam na ideia de que bem-estar e produtividade caminham juntos, e que restringir certos serviços em um dia específico não diminui a economia, apenas realoca a demanda.

