A inteligência artificial segue se expandindo em ritmo acelerado, não é mesmo? Atualmente, é difícil encontrar um setor no qual ela não esteja inserida, como, por exemplo: educação, saúde, agricultura e segurança.
Mas, enquanto suas aplicações ganham espaço no cotidiano das pessoas, não podemos deixar de falar sobre os impactos ambientais provocados pela infraestrutura necessária para que ela funcione.

Utilização dos data centers
Grande parte dos sistemas de IA depende de data centers, que são estruturas físicas responsáveis por armazenar e processar os dados utilizados por essas ferramentas. Para operarem de forma segura, essas estruturas exigem não apenas um alto consumo de energia, mas também grandes volumes de água para manter seus equipamentos na temperatura apropriada.
O problema é que os data centers são gigantes. O padrão do Google, por exemplo, é construir infra estruturas com cerca de 100 mil metros quadrados de extensão. Ou seja, um único data center pode consumir o equivalente ao de cidades de pequeno porte.
Além dessa questão, também precisamos falar sobre a diferença de recursos utilizados. Uma interação no ChatGPT, por exemplo, pode gastar até 20 vezes mais recursos do que uma busca tradicional no Google. Esse aumento é justificável, pois, para dar uma resposta mais precisa, o ChatGPT precisa consultar uma base de dados extremamente grande.
Nearshoring ganha força
O impacto ambiental se agrava ainda mais em regiões com infraestrutura hídrica limitada. E, por conta disso, uma prática chamada nearshoring está ganhando força.
O nearshoring nada mais é do que a utilização de um "vizinho" para a exploração dos recursos dele, ao invés de utilizar os próprios recursos. Na América, por exemplo, o México está sendo amplamente utilizado por empresas dos Estados Unidos.
Possíveis saídas
Diante de todo esse contexto, as principais empresas do mundo seguem buscando alternativas para otimizar seus sistemas. As saídas mais óbvias são os investimentos em energias renováveis, porém, soluções mais extremas também estão sendo testadas.
Na China, por exemplo, um data center submarino foi inaugurado pela primeira vez no mundo. Essa infraestrutura inovadora utiliza a própria água do mar para o seu resfriamento.
