Quentin Tarantino nunca foi de medir palavras, nem quando o assunto é cinema, sua grande paixão (e especialidade). Durante uma conversa no programa de Jimmy Kimmel, o diretor de Pulp Fiction e Kill Bill foi direto ao ponto: sim, existem filmes “perfeitos”. E não, isso não significa que todo mundo precisa amar.
Um filme perfeito transcende o gosto pessoal. Pode não ser a sua praia, mas não há nada que você possa dizer para desmerecê-lo
De acordo com ele, essas produções atingem um equilíbrio raro entre roteiro, direção, atuação e impacto cultural, o tipo de obra que segue intocável mesmo décadas depois da estreia.
A lista inclui clássicos de terror, comédias geniais e até uma viagem no tempo que marcou gerações. Confira a lista completa:
O Massacre da Serra Elétrica (1974)
Tarantino coloca o terror de Tobe Hooper no topo. Com orçamento baixíssimo e estética quase documental, o filme virou referência no gênero ao priorizar o psicológico em vez do gore. Leatherface e sua serra ganharam status de ícones do horror, e a atuação de Marilyn Burns redefiniu o conceito de “final girl”.
Tubarão (1975)
Steven Spielberg criou o primeiro blockbuster moderno, e quase por acidente. O tubarão mecânico vivia quebrando nas filmagens, o que obrigou o diretor a escondê-lo por boa parte da história. O resultado? Um suspense perfeito. A trilha sonora de John Williams, por sua vez, virou sinônimo de medo instantâneo.
O Exorcista (1973)
William Friedkin fez o público da época passar mal (literalmente). Com atuações intensas e direção crua, o longa transformou o terror em experiência física. Linda Blair, aos 14 anos, levou o Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar, e o mundo ganhou um novo motivo pra dormir de luz acesa.
Meu Ódio Será Sua Herança (1969)
Um faroeste violento e existencial dirigido por Sam Peckinpah. Tarantino enxerga nele um retrato cru do fim dos “heróis de caubói”, substituídos por personagens moralmente duvidosos e cenas de ação realistas. O filme é considerado uma aula de montagem e ritmo.
O Jovem Frankenstein (1974)
Mel Brooks transformou o terror gótico em comédia inteligente, e Tarantino reconhece o gênio por trás disso. Gene Wilder brilha como o cientista que tenta provar que não é “aquele” Frankenstein. O humor é metalinguístico, cheio de referências e impecável.
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977)
Woody Allen cria um retrato caótico, humano e engraçado sobre amor, insegurança e autossabotagem. A química entre Allen e Diane Keaton (que ganhou o Oscar pelo papel) fez o filme virar um marco da comédia romântica moderna.
De Volta para o Futuro (1985)
Robert Zemeckis entregou uma história redondinha sobre viagem no tempo, amizade e consequências. Marty McFly (Michael J. Fox) e o Dr. Brown (Christopher Lloyd) são parte da cultura pop até hoje e, pra Tarantino, é o tipo de filme impossível de refazer.
Os únicos 7 filmes perfeitos da história, segundo Quentin Tarantino:
- Meu Ódio Será Sua Herança (1969)
- O Exorcista (1973)
- O Massacre da Serra Elétrica (1974)
- O Jovem Frankenstein (1974)
- Tubarão (1975)
- Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977)
- De Volta para o Futuro (1985)

