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Todos os livros de Caio Fernando Abreu que você precisa conhecer

Do clássico Morangos Mofados às coletâneas que marcaram gerações, descubra obras do gaúcho

09/09/2025 - 18h41min

Atualizada em: 09/09/2025 - 18h44min

Caio Fernando Abreu é um dos nomes mais intensos e cultuados da literatura brasileira. Nascido em Santiago (RS) e dono de uma escrita visceral, Caio ficou conhecido como o “escritor da paixão”, rótulo dado por Lygia Fagundes Telles, e que resume bem sua produção literária marcada por solidão, desejo, medo, amizade, amor e morte.

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Escritor Caio Fernando Abreu

Seus textos atravessam gerações e seguem atuais, especialmente por dialogarem com temas como sexualidade, liberdade, AIDS, marginalidade e afeto. Mais do que um autor da sua época, Caio se tornou voz de várias gerações, especialmente entre jovens que se reconhecem em seus personagens e nas suas contradições.

Ao longo de sua carreira, Caio publicou romances, contos e crônicas que se tornaram referência não só no Brasil, mas também no exterior. A ATL separou seis obras essenciais que ajudam a entender por que Caio Fernando Abreu segue tão lido, citado e amado até hoje.

1. Morangos Mofados
2. Onde Andará Dulce Veiga?
3. Os Dragões Não Conhecem o Paraíso
4. Contos Completos
5. Pequenas Epifanias
6. Ovelhas Negras

6 livros essenciais de Caio Fernando Abreu

1. Morangos Mofados (1982)

Considerado seu livro mais célebre, reúne 18 contos que capturam a angústia de uma geração nos anos de abertura política do Brasil. A prosa é confessional, intensa e corajosa, expondo as fragilidades humanas em plena ditadura militar. Não à toa, segue sendo um clássico indispensável e um dos mais lidos da literatura contemporânea nacional.

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Capa de Morangos Mofados

2. Onde Andará Dulce Veiga? (1990)

Neste romance, que ganhou até adaptação para o cinema, Caio narra a busca de um jornalista pela cantora Dulce Veiga, desaparecida desde os anos 60. A obra mistura investigação, cultura pop e referências urbanas dos anos 80, costurando uma narrativa quase policial, mas recheada do lirismo típico do autor.

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Capa de Onde Andará Dulce Veiga?

3. Os Dragões Não Conhecem o Paraíso (1988)

Coletânea de contos em que Caio fala sobre paixão, encontros e desencontros, mas também sobre a dor de existir. Com linguagem poética e crua, o livro traz alguns dos textos mais marcantes de sua carreira, que ainda hoje são citados como símbolos da literatura LGBTQIA+ no Brasil. Vencedor do prêmio Jabuti de 1988.

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Capa de Os Dragões Não Conhecem o Paraíso

4. Contos Completos (2016)

Publicada anos após sua morte, a reunião de toda a produção de contos de Caio é um presente para os leitores. Estão lá livros fundamentais como Inventário do ir-remediável, O ovo apunhalado, Pedras de Calcutá, Morangos Mofados, Os Dragões Não Conhecem o Paraíso e Ovelhas Negras, além de contos avulsos e inéditos. Uma verdadeira imersão no universo do autor.

Capa de Contos Completos

5. Pequenas Epifanias (1996)

Lançado pouco depois de sua morte, o livro reúne crônicas publicadas no jornal O Estado de S. Paulo entre 1986 e 1996. São textos curtos, muitas vezes confessionais, em que Caio revela medos, desejos e reflexões diante da vida e da morte. 

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Capa de Pequenas Epifanias

6. Ovelhas Negras (1995)

Reunião de textos que Caio considerava “marginais”: contos censurados, inéditos ou que ficaram fora de suas obras anteriores. O resultado é um livro que mostra o escritor em sua essência, expondo fragilidades e experimentações. 

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Capa de Ovelhas Negras

Caio Fernando Abreu partiu cedo, em 1996, mas deixou uma obra que segue atual e necessária. 


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