Crítica | “A Hora do Mal” é o melhor filme de terror do ano?
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Crítica | “A Hora do Mal” é o melhor filme de terror do ano

Com um roteiro engenhoso e atuações de destaque, o novo filme de Zach Cregger já está sendo chamado de uma das melhores produções do gênero em 2025.

14/08/2025 - 11h49min

Atualizada em: 14/08/2025 - 12h07min

Atlântida
Natalie Oliveira
Natalie Oliveira
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Reprodução/Internet
Em "A Hora do Mal", Julia Garner é a professora Justine Gandy, que busca provar sua inocência).

O que acontece quando 17 crianças da mesma sala de aula desaparecem ao mesmo tempo durante uma madrugada? Em "A Hora do Mal", de Zach Cregger (Noites Brutais), o espectador acompanha o desenrolar do caso que acontece na pacata cidade de Maybrooke através de seis pontos de vista.

Em uma madrugada qualquer, exatamente às 2h17, todas as crianças da sala da professora Justine Gandy (Julia Garner) desaparecem, com exceção de uma: Alex Lilly (Cary Christopher). É claro que todos os olhos se voltam para a professora e os pais, em busca de uma resposta, passam a atacá-la. A jovem, no entanto, está tão abalada e confusa quanto eles.

Como em um bom filme de terror, muitas possibilidades são levantadas ao longo da história: Justine é culpada? Por que somente Alex não fugiu? Para onde as crianças foram? Será que estão vivas? E, com o decorrer da história, descobrimos que, na verdade, Justine não tem nada a ver com o desaparecimento – e está fazendo um trabalho de investigação muito melhor que a polícia.

A força de "A Hora do Mal" reside na construção da tensão. Cregger utiliza a premissa do desaparecimento como um pano de fundo para explorar o luto, a culpa e a histeria coletiva. O roteiro se desenrola em um ritmo lento, mas proposital, que permite ao público mergulhar no desespero dos personagens e rir com momentos de alívio cômico.

O elenco, que conta com nomes de peso como Josh Brolin, Benedict Wong e Alden Ehrenreich, entrega atuações convincentes, mas é Julia Garner quem se destaca. Sua interpretação de Justine, a professora que se torna o alvo, é o coração do filme. Ela transmite a vulnerabilidade e a força de uma mulher que lida com a tragédia enquanto tenta provar sua inocência. Quem também merece menção honrosa é Cary Christopher por sua interpretação impecável de Alex Lilly que, através do olhar, consegue transmitir o medo, a inocência e a determinação de uma criança que passa por um trauma diário.

O mais curioso do filme é acompanhar a trama através dos pontos de vista de diferentes pessoas: Justine, a professora que busca provar sua inocência; Archer, o pai que busca respostas sobre o desaparecimento do filho; Paul, o policial que acaba impedindo uma possível resolução do caso por um erro seu; Marcus, o diretor da escola que, no momento em que "bate o ponto", busca viver sua vida tranquilamente; James, o viciado que acaba no lugar errado, na hora errada; e Alex, a criança que acaba envolvida diretamente no caso.

"A Hora do Mal" é um filme que se afasta dos sustos baratos e aposta em uma atmosfera de terror psicológico. A trama, que inicialmente parecia ser sobre um desaparecimento, se aprofunda em uma história de bruxaria e maldições antigas. Com uma atmosfera que mescla o suspense de um mistério de desaparecimento com elementos sobrenaturais, o longa chega aos cinemas para solidificar o nome do diretor Zach Cregger no gênero de terror.

É um terror inteligente, bem atuado e que reafirma a habilidade de Zach Cregger em criar obras que assombram a mente muito depois de os créditos subirem. O longa é uma experiência cinematográfica que provoca reflexão e, com certeza, vai gerar muitas discussões. A recepção do filme tem sido extremamente positiva, com críticos e público o apontando como um forte candidato ao título de "melhor filme de terror de 2025".

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