
A Carteira de Identidade Nacional (CIN) já começou a circular pelo país e marca uma das maiores mudanças na forma como o Brasil identifica seus cidadãos. O documento, físico ou digital, adota o CPF como número único nacional e unifica padrões, dados e processos de emissão em todos os estados. A promessa é clara: mais segurança, menos burocracia e um sistema finalmente padronizado em nível federal.
Além de substituir o modelo tradicional do RG, a CIN funciona como porta de entrada para serviços públicos e benefícios sociais, conectando informações do cidadão de forma integrada e em tempo real, tudo dentro das regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
É uma virada de chave para eliminar divergências, reduzir fraudes e acabar com a velha confusão de ter múltiplos números de identificação.
O que é a CIN e por que ela importa
A ideia central da nova Carteira de Identidade Nacional é romper com décadas de fragmentação nos sistemas de identificação do Brasil. Cada estado tinha seu próprio padrão, processo e até numeração, o que abria espaço para falhas, falsificações e inconsistências.
Com a CIN, tudo passa a operar sob o mesmo fluxo nacional, garantindo integridade dos dados, segurança reforçada e mais eficiência para órgãos públicos e privados.
A tecnologia também ganhou protagonismo: o documento inclui QR Code para verificação instantânea e área MRZ (Machine Readable Zone), permitindo uso como documento de viagem em países com acordo. E, claro, a versão digital está disponível diretamente no aplicativo GOV.BR.
O que precisa para emitir
Os documentos exigidos são os mesmos tanto para a primeira quanto para a segunda via, sempre acompanhados do número do CPF. A base é a certidão de nascimento ou casamento (conforme o estado civil), sempre original ou cópia autenticada, sem rasuras, manchas ou plastificação.
Casos específicos, como cidadania por naturalização, casamento no exterior ou menores de 16 anos, exigem documentação complementar. Informações opcionais, como nome social, número da CNH, Título de Eleitor, PIS/PASEP, identificação profissional, tipo sanguíneo e condições de saúde, também podem ser incluídas, desde que acompanhadas dos respectivos comprovantes.
E uma boa notícia: não é necessário levar foto.
Prazos e valores
O prazo varia conforme o posto:
- Postos online: 15 dias úteis (capital e região metropolitana) ou 20 dias (interior)
- Postos físicos: 40 dias úteis
Sobre os custos:
- 1ª via: gratuita
- 2ª via: R$ 95,03
- Isentos: pessoas acima de 65 anos e vítimas de roubo mediante apresentação de Boletim de Ocorrência. Também há possibilidade de isenção para quem declarar estado de pobreza.
O pagamento é feito por Guia de Arrecadação (GA) nas agências do Banrisul, lotéricas conveniadas ou pelo app do banco em dinheiro ou débito.
Com padrão nacional, tecnologia avançada e integração entre órgãos, a CIN inaugura um novo capítulo na identificação civil brasileira. A expectativa é que o documento simplifique a vida de quem precisa acessar serviços públicos e traga mais segurança para o país como um todo.

