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Geração Alpha: quem são, como pensam e o que esperar da próxima grande transformação cultural

Depois da Geração Z, vem aí um novo jeito de ver o mundo: mais conectado, mais visual e muito mais precoce

18/06/2025 - 18h17min

Atlântida

Você já ouviu falar na Geração Alpha? Se a Geração Z já parecia hiperconectada, os Alphas estão indo além. Nascidos a partir de 2010, são os primeiros 100% nativos digitais. Cresceram cercados por telas, comandos de voz, algoritmos e conteúdo sob demanda. 

E mesmo que essa geração ainda esteja em idade escolar, já está moldando tendências de consumo, de comportamento, de comunicação e até relações familiares.

Depois de já termos falado aqui sobre a Geração Z e seus desafios no mundo atual, agora é hora de entender o que move essa nova geração que já nasceu com o dedo no touchscreen.

Quem é a Geração Alpha?

São as crianças nascidas entre 2010 e 2025, filhas, em sua grande maioria, de millennials. Para elas, o digital nunca foi novidade. O mundo sempre esteve online, sempre foi rápido e interativo, conectado.

O nome "Alpha" marca o início de um novo ciclo geracional, e tem tudo a ver com isso: é uma geração que não volta ao que era antes, é um ponto de virada brusco no que vinha sendo até então.

Características da Geração Alpha

Mesmo com idades entre a primeira infância e o início da adolescência, já é possível perceber traços marcantes entre os nascidos dessa geração. São traços que influenciam desde como aprendem até como se relacionam com os pais, com os colegas e com o mundo.

1. Totalmente digitais

Não são apenas usuários de tecnologia, essa geração já está 100%  imersa nela. O contato com celulares, tablets, assistentes de voz e conteúdos interativos começa desde os primeiros anos de vida. Eles aprendem com vídeos, se distraem com apps e se comunicam por emojis, áudios ou GIFs. É o tipo de infância que exige atualização constante dos adultos ao redor.

2. Curiosos e independentes

Essa geração pesquisa, explora e testa limites quase sozinha. Buscam respostas no Google antes mesmo de saberem escrever direito. É uma autonomia precoce, que muitas vezes surpreende - e às vezes até atrapalha - pais e professores. A tecnologia, nesse caso, funciona como uma extensão da memória e da curiosidade natural.

3. Hiperconectados

Se por um lado a exposição digital acelera o desenvolvimento de habilidades cognitivas e motoras, por outro, traz desafios. Um dos principais é a concentração. 

Estímulos demais em pouco tempo podem tornar a paciência mais curta e o foco mais difícil de manter, especialmente em ambientes menos interativos, o pensamento é acelerado e estimulado, mas pouca coisa é armazenada.

4. Versáteis, criativos e multitarefa

Eles trocam de atividade com facilidade, gostam de conteúdos curtos, coloridos, com som e movimento. Estão acostumados com interações rápidas e visuais. Por isso, não basta mais aprender ouvindo, eles aprendem melhor fazendo, testando, jogando ou criando.

5. Relações familiares diferentes

Muitos crescem em lares com menos irmãos e com pais mais velhos ou com estruturas diversas. A relação com os pais tende a ser mais próxima e participativa. Homens e mulheres compartilham mais as tarefas da casa, o que acaba refletindo em uma geração com menos estereótipos de gênero desde cedo.

Desafios e oportunidades

O grande desafio da Geração Alpha é equilibrar a vida digital com o contato humano real. A socialização no mundo físico, o desenvolvimento da empatia e da inteligência emocional ainda são essenciais, mas precisam de espaço entre os vídeos curtos e os jogos imersivos.

Ao mesmo tempo, essa geração tem potencial enorme para inovação, resolução de problemas e reinvenção de formatos: seja no trabalho, na arte, na educação ou no consumo. Só vai depender de como será guiada.

O que esperar do futuro com a Geração Alpha?

Ainda é cedo para saber tudo, mas algumas tendências já estão claras. Eles:

  • Vão preferir marcas que dialoguem com seus valores e sejam sustentáveis;
  • Terão hábitos de consumo mais digitais e focados em experiência;
  • Esperarão mais inclusão, neutralidade e conteúdo visual;
  • Crescerão com uma educação mais personalizada, interativa e imersiva;
  • Serão altamente influenciados por inteligência artificial, realidade aumentada e metaverso.

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