
Ler mais. A gente aposta que esse item aparecerá na maioria das listas de metas para 2026. E, se ainda não estiver na sua, a gente sugere que você coloque.
Mas claro, essa é uma meta que funciona de formas diferentes para cada pessoa e precisa estar alinhada à rotina e à realidade de quem lê. Estabelecer objetivos muito distantes do hábito atual tende a gerar frustração e sobrecarga. Se você leu 10 livros em 2025, parece não ser uma boa ideia planejar ler 40 no próximo ano. A leitura não é uma disputa por números. Ler mais pode significar incorporar pequenos momentos ao dia: acompanhar um jornal, ler uma crônica, avançar algumas páginas a mais do que o habitual.
O importante é ler. Porque a leitura é apontada como um fator positivo para o bem-estar e para a redução do estresse. Além do entretenimento, ler estimula a concentração e contribui para o desenvolvimento da empatia. Ao entrar em contato com diferentes narrativas e pontos de vista, o leitor também passa a reconhecer e refletir sobre as próprias emoções. Em muitos casos, ajudam a nomear sentimentos, a compreender comportamentos e a perceber que determinadas experiências não são individuais, mas compartilhadas.
Pensando nisso, confere só seis livros que conectam a experiência da leitura a reflexões sobre saúde mental, sob diferentes perspectivas.
1. As coisas que você só vê quando desacelera, de Haemin Sunim
Escrito pelo mestre zen-budista sul-coreano Haemin Sunim, o livro convida o leitor a tranquilizar os pensamentos e cultivar a calma e a autocompaixão. Dividido em 8 capítulos, aborda temas como atenção plena, descanso, amor, relacionamentos e espiritualidade. Além disso, há ilustrações coloridas feitas por Youngcheol Lee, que segundo o autor, são intervalos de calma, e devem ser utilizadas como inspiração para o relaxamento.

2. A geração ansiosa, de Jonathan Haidt
Neste livro, Jonathan Haidt, que é psicólogo social, investiga a crise de saúde mental entre jovens associada a uma infância hiperconectada, especialmente a partir de 2010, com a popularização dos smartphones e das redes sociais.

3. Aurora: O Despertar da mulher exausta, de Marcela Ceribelli
Finalista do Prêmio Jabuti 2023 na categoria Ciências Sociais, a obra convida mulheres a se libertarem de amarras sociais e a refletirem sobre tudo aquilo que as impede de encontrarem sua melhor versão e serem felizes. Em cada capítulo, a autora aborda um dos pilares que costumam sustentar os estereótipos femininos.

4. A coragem de ser imperfeito, de Brené Brown
Autora de quatro best-sellers do The New York Times, neste livro, Brené Brown aborda temas que costumam ser evitados por causarem grande desconforto, como vulnerabilidade, medo e vergonha, desafiando, assim, a busca por perfeição e pelo medo de falhar.

5. Conversas entre amigos, de Sally Rooney
Romance de estreia de Sally Rooney, o livro acompanha duas jovens que se envolvem com um casal mais velho em Dublin, abordando questões sociais e culturais da Irlanda. A narrativa provoca reflexões sobre juventude, relações afetivas e sociais, além das inseguranças que marcam essa fase da vida.

6. A redoma de vidro, de Sylvia Plath
A narrativa acompanha Esther Greenwood, uma jovem que se muda para Nova York para trabalhar em uma prestigiosa revista de moda. No momento de transição para uma vida cheia de responsabilidades e de novos desafios, Esther desenvolve um quadro depressivo. Com fortes traços autobiográficos, o romance reflete a experiência de Sylvia Plath com a depressão e sua tentativa de suicídio.

Obs.: Antes de escolher a sua leitura, lembre-se que alguns livros podem conter gatilhos para depressão, ansiedade e suicídio. O CVV oferece atendimento gratuito 24 horas para quem desejar conversar sobre o assunto. Ligue 188.
