
A renda extra da Geração Z virou mais do que um plano B. Para quem nasceu entre 1995 e 2010, trabalhar com algo fora do tradicional virou sinônimo de liberdade — e uma baita estratégia para escapar das limitações de um emprego fixo, ainda mais em tempos de instabilidade econômica.
A Zê cresceu conectada, viu o Orkut virar TikTok e hoje usa inteligência artificial, redes sociais e marketplaces para empreender, faturar e até pagar os boletos do mês. O lado bom? Não falta opção. O desafio? Filtrar o que realmente funciona — e o que é cilada.
Side hustle é o novo normal
Se antes a ideia era escolher uma carreira e segui-la até a aposentadoria, hoje o foco está na flexibilidade.
De acordo com um levantamento da Deloitte, mais da metade da Geração Z já tem algum tipo de atividade paralela — os famosos “side hustles” — para complementar a renda ou testar novos caminhos profissionais.
O mais interessante? Muitos desses projetos nascem de paixões pessoais: arte, moda, games, música, pets, cultura pop e por aí vai.
Com as ferramentas certas, especialmente de inteligência artificial e automação, dá para transformar hobbies em grana com cada vez mais facilidade.
O celular virou escritório
Não é exagero dizer que o celular é o novo “trampo”. Com ele, a Geração Z gerencia vendas em marketplaces como Shopee e Enjoei, agenda entregas, responde clientes, edita vídeos e posta reels que viram vitrine para pequenos negócios.
Também é nele que rolam aulas online, freelas em sites como Workana ou Fiverr, produção de conteúdo em plataformas como TikTok e YouTube, e até gerenciamento de lojas digitais via Instagram.
Para muitos, a grana da semana vem das notificações do Pix — e não do contracheque fixo.
Inteligência Artificial: a aliada da vez
Ferramentas como o ChatGPT, Canva, Notion AI, CapCut e outras soluções baseadas em IA estão ajudando os jovens a ganharem tempo, qualidade e até coragem para empreender.
Elas são usadas para criar textos, gerar ideias, montar roteiros, automatizar e-mails, organizar tarefas e até planejar finanças pessoais. O resultado? Mais produtividade, menos estresse e uma renda extra que cabe na rotina corrida.
De acordo com uma pesquisa feita pela Samsung com jovens da Geração Z em países como Reino Unido, Coreia e Alemanha, quase 70% dos entrevistados já usam inteligência artificial para impulsionar projetos pessoais ou negócios próprios.
Muito além do “bico”
Chamem de side hustle, trampo extra, projeto paralelo ou empreendedorismo de quarto. O fato é que a renda extra da Geração Z é uma realidade — e está sendo construída com base em propósito, criatividade e autonomia.
E não precisa esperar a “grande ideia” surgir: começar pequeno, testar e ajustar faz parte do processo. O importante é estar disposto a aprender (e reaprender), porque o mercado muda rápido — e a Zê também.
Então bora?
Se você faz parte da Geração Z e ainda está pensando em como levantar uma grana além do salário (ou mesmo antes dele), a dica é clara: comece onde você está, com o que você tem. A renda extra pode estar a poucos cliques — ou a um brainstorm de distância.