Dos Baby Boomers, marcados pela disciplina e pela reconstrução do pós-guerra, até a Geração Alfa, nascida em um ambiente totalmente digital, as diferenças vão muito além da idade. 

Por trás das piadas e estereótipos, cada geração tem uma bagagem histórica, cultural e comportamental que ajuda a explicar muito do mundo em que vivemos hoje.

De guerras a redes sociais, de LPs a TikTok, cada grupo carrega marcas do seu tempo e entender essas gerações é essencial para compreender os conflitos, avanços e tendências que definem o presente e apontam para o futuro.

Segue a leitura para entender melhor as gerações!

De Boomers a Alfas: o que define cada geração

Baby Boomers (1946 – 1964)

Os Baby Boomers nasceram no pós-Segunda Guerra Mundial, em um período de otimismo, crescimento populacional e econômico. São conhecidos por valorizarem o trabalho duro, estabilidade e hierarquia.

Foi essa geração que impulsionou movimentos sociais nos anos 60 e 70, sendo pioneiros em movimentos de contracultura – como o hippie – e ativismo social. 

Desafiaram normas e lutaram por mudanças significativas em áreas como direitos civis, igualdade de gênero e preservação ambiental. Mas também cresceram acreditando em aposentadoria segura e carreira de longo prazo numa mesma empresa.

Os Boomers testemunharam tecnologias inovadoras, como a televisão e precisaram aprender - já na vida adulta – a usar E-mail e todas as outras plataformas que surgiram depois.

Geração X (1965 – 1980)

A Geração X cresceu vendo os pais trabalhando muito, por isso, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é algo essencial para estas pessoas. 

Também chamados de "Geração Coca-Cola" – sim, por causa do Legião Urbana –, viveram momentos históricos como o Muro de Berlim e o nascimento do computador pessoal e a internet discada.

Entre as décadas de 1970 e 1980, houve um aumento significativo nas taxas de divórcio, por isso, a Geração X também é chamada de "filhos do divórcio". Essa transformação nos modelos familiares é o que explica o senso de independência e ceticismo da Geração.

Geração Y ou Millennials (1981–1996)

A Geração Y, ou Millennials, são os nativos digitais. Cresceram junto com a internet e smartphones, acompanhando todas as suas mudanças. São multitarefas, conectados e preocupados com propósito no trabalho, no consumo e na vida.

Enquanto a meta de vida das gerações anteriores era adquirir uma casa própria, um carro e estabilidade, os Millenials preferem viver "momentos memoráveis". Muitas vezes, trocando esses bens por viagens, festivais e experiências compartilhadas.

A ideia de "emprego vitalício" foi rompida por esta geração. É comum que optem por ambientes flexíveis e com propósitos alinhados aos seus, mesmo que seja com menos estabilidade.

Geração Z (1997–2012)

A Geração Z é a primeira geração 100% nativa digital. Por crescerem em um cenário de transformações rápidas, suas relações e visão de mundo fazem com que sejam mais engajados, criativos e críticos - mas também ansiosos.

Eles podem não se lembrar (por causa da pouca idade), mas viveram a grande virada do século, milênio e década - que aconteceu em 1º de janeiro de 2001. Também viveram o 11 de setembro e acompanharam o avanço de crises ambientais.

Para eles, quanto mais real, espontâneo e até imperfeito, melhor. Buscam conectar-se com "gente como a gente".

A "Gen Z" é uma das gerações com maiores índices de ansiedade, depressão e burnout - causados por pressão social, exposição constante, incertezas econômicas e climáticas. Por isso, buscam cada vez mais falar abertamente sobre saúde mental.

Geração Alfa (2013 – presente)

Os Alfas são os filhos dos Millennials e irmãos mais novos da Geração Z. É a primeira geração que nasceu completamente na era "touch" - com fácil acesso a tablets, smartphones e assistentes virtuais (como Alexa e Siri). É aquela geração que "já nasce sabendo mexer em smartphones".

Essa geração está sendo moldada por um mundo hiperconectado e marcado por mudanças significativas na estrutura social, educacional e familiar. O fácil e rápido acesso à internet, fez com que essa geração desenvolvesse cedo habilidades visuais e de navegação digital, mas podem ter mais dificuldade com foco e paciência.

A geração está crescendo em lares mais afetuosos e flexíveis, com uma estrutura familiar mais diversa com mais filhos únicos, pais separados, casais homoafetivos e famílias multiculturais.

As gerações Baby Boomers, X, Y (Millennials), Z e Alfa refletem não apenas mudanças no tempo, mas transformações profundas na forma como vivemos, nos relacionamos, trabalhamos e consumimos. E conhecer as características, diferenças e semelhanças de cada geração é essencial para construir pontes entre elas.