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Como impacta no dia a dia?

O que o tarifaço de Trump muda na nossa rotina?

Novo imposto nos EUA pode travar exportações brasileiras e afetar empregos, preços e até a balada de quem consome moda e cultura pop

30/07/2025 - 14h57min

Atlântida
Igor Krolow
Igor Krolow
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Brendan Smialowski/AFP
Indústrias gaúchas podem sentir o impacto direto do tarifaço imposto pelos EUA — medida ameaça exportações e empregos no RS.

Você pode até achar que uma decisão do ex-presidente dos EUA não tem nada a ver com a sua vida. 

Mas o "tarifaço de Trump", como ficou conhecida a nova taxa de 50% sobre produtos brasileiros que entram no mercado americano, pode impactar bem mais do que parece — especialmente aqui no Rio Grande do Sul.

Indústrias gaúchas ligadas à moda, móveis, alimentos e até cultura pop têm os EUA como principal parceiro comercial. 

Com a nova taxação, empresas podem perder espaço, frear contratações e até cortar empregos. 

Isso sem falar nos efeitos em cadeia: preços podem subir, projetos podem travar e o consumo de produtos brasileiros lá fora — inclusive de marcas que você ama — pode cair.

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O que é o tarifaço de Trump?

Em resumo, o tarifaço é uma sobretaxa de 50% aplicada pelos Estados Unidos sobre diversos produtos importados do Brasil, especialmente os manufaturados — ou seja, que passaram por processos de transformação, como calçados, móveis, cigarros, arroz beneficiado e até armas de fogo.

A medida foi anunciada por Trump como forma de proteger a indústria americana, mas está gerando reações no mundo inteiro. No caso do Brasil, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) calcula que o RS será o segundo estado mais afetado, com perdas de até R$ 1,9 bilhão.

Como isso afeta o nosso dia a dia?

Nem todo mundo trabalha com exportação, mas os efeitos podem chegar até você mais rápido do que imagina:

Setor de moda e calçados

O RS exporta quase metade dos seus calçados para os EUA. Com a taxa, muitas marcas podem deixar de vender, o que impacta empregos, novos lançamentos e até collabs que você acompanha nas redes.

Móveis e decoração

O setor moveleiro também depende das exportações. A grana que entrava pode diminuir — e com ela, feiras, empregos e até ações promocionais que atingem o consumidor final.

Tabaco e eventos

O setor do tabaco emprega milhares de pessoas no estado e exporta muito para os EUA. A queda nas vendas afeta a economia como um todo — o que pode gerar menos patrocínios em eventos, ações culturais e até impacto no mercado publicitário.

Preços e inflação

Com menos exportação, algumas empresas podem tentar compensar a perda reajustando preços no Brasil

Isso pode afetar até o que você consome por aqui — seja um tênis, um eletrônico ou até comida.

E no longo prazo?

O impacto maior está no futuro próximo. Menos negócios com os EUA significam menos investimento, menos empregos e até menos oportunidades para quem está começando na carreira.

Além disso, o Brasil pode precisar negociar alternativas, como acordos comerciais com outros países — mas isso leva tempo, e as consequências mais imediatas já estão sendo sentidas nas indústrias do Sul.

Então, o que fazer?

Ainda é cedo para prever o tamanho real do impacto, mas ficar de olho nas notícias e entender o contexto global já é um passo importante. 

E claro: valorizar o que é produzido aqui, apoiar marcas locais e acompanhar decisões políticas também faz parte do jogo.



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