
Uma pesquisa global da Live Nation, gigante do entretenimento responsável por alguns dos maiores festivais e turnês do planeta, revelou o que muita gente já suspeitava: nada substitui a energia de um show ao vivo. O estudo, chamado “Living for Live”, foi divulgado em novembro e ouviu 40 mil pessoas em 15 países, incluindo o Brasil, para entender o comportamento do público em relação à música e às experiências presenciais.
O resultado surpreendeu até os próprios pesquisadores: 70% dos entrevistados afirmaram que preferem ir a um show do que fazer sexo. Sim, é isso mesmo que você leu. Segundo o relatório, essa preferência representa uma mudança cultural profunda: as pessoas estão colocando experiências emocionais e coletivas acima de prazeres individuais.
Shows são o “antídoto” do mundo digital
O levantamento aponta que 93% dos fãs vão a shows porque querem sentir algo real, longe das telas e das distrações da vida online. Além disso, 80% disseram preferir gastar dinheiro com experiências do que com produtos, o que reforça o valor da conexão humana que só um show pode proporcionar.
A Live Nation descreve essa tendência como uma “nova economia da emoção”, em que o público busca momentos que ficam na memória, mesmo que custem mais caro. Segundo o estudo, a geração Z é a que mais investe em ingressos, especialmente em eventos de grande porte, como festivais e turnês internacionais.
O poder das artistas femininas nos palcos
O relatório também destaca o protagonismo das mulheres na música ao vivo. Em 2024, artistas femininas dominaram as bilheterias e bateram recordes históricos. A Cowboy Carter World Tour, de Beyoncé, se tornou a turnê de country de maior arrecadação da história. Olivia Rodrigo levou o maior público do Lollapalooza global, Karol G vendeu todos os ingressos disponíveis em tempo recorde na Espanha, e Lady Gaga registrou o maior público de uma artista solo no Brasil.
Esses dados mostram que a presença feminina não só movimenta o mercado, mas também redefine o que significa liderar o palco e conectar-se emocionalmente com o público.

