Fãs se mobilizam para impedir Julio Reny de vender seu único violão
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Fãs se mobilizam para impedir Julio Reny de vender seu único violão

Ícone do rock gaúcho recebeu apoio nas redes e vai continuar com o instrumento que marcou sua história musical

23/10/2025 - 16h45min

Atualizada em: 23/10/2025 - 16h46min

Jeff Botega/GZH
Julio Reny recebeu apoio dos fãs e desistiu de vender o violão que o acompanha há anos no palco e na vida.

O músico Julio Reny, um dos nomes mais importantes do rock gaúcho, viveu dias difíceis e chegou a anunciar a venda do seu único violão, um Strinberg jumbo folk avaliado em cerca de R$ 1 mil.

O instrumento, marcado pela flor-de-lis no corpo, foi usado na gravação de dois discos icônicos: Confissões de Escobar e Sommeliers de Canções, ambos ao lado de Jeff Gomes.

Vivendo com dificuldades financeiras, Julio divide um apartamento com o empresário Sandro Ineu, responsável por pagar as contas básicas. O músico cuida ainda de dois gatos, Malhado e Preta, de cinco anos.

Mas, após a história viralizar, fãs se mobilizaram e enviaram doações para que o artista pudesse manter o violão. “É mais que um instrumento. É parte de quem eu sou”, disse Julio.

Quem é Julio Reny?

Julio Reny é um dos nomes mais emblemáticos do rock gaúcho. Nascido em Porto Alegre, o cantor e compositor construiu sua trajetória marcada por uma sonoridade crua e poética, misturando influências do punk e da MPB com letras que retratam o cotidiano urbano, os amores perdidos e as angústias da vida moderna.

Desde os anos 1980, quando despontou na cena underground com a banda Julio Reny & Os Irish Boys, o artista se tornou uma figura cult do cenário musical do Rio Grande do Sul, conhecido por sua autenticidade e postura à margem das convenções comerciais.

Com uma carreira de mais de quatro décadas, Julio Reny segue como referência de resistência e originalidade. Suas canções, como “Meninos de Rua” e “Anos 80”, atravessam gerações e mantêm viva a memória de uma época efervescente do rock produzido no Sul do país.

Entre discos, shows e parcerias, ele consolidou um legado que mistura lirismo, atitude e uma boa dose de melancolia, marcas registradas de quem fez da música uma expressão de liberdade e identidade cultural.



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