Você já reparou como de uns tempos pra cá o feed tá recheado de gente pintando bolsa e desenhos, bordando camiseta, fazendo crochê ou modelando argila no sábado à tarde? Não é só modinha: os trabalhos manuais estão vivendo um boom e, dessa vez, com uma camada a mais do que só estética ou tendência de estilo. Por trás dos vídeos de DIY e dos encontrinhos criativos tem uma busca real por bem-estar, conexão e desaceleração.
O nome pode variar: handmade, craft, DIY -, mas o objetivo é o mesmo: usar as mãos pra criar algo com calma, propósito e, muitas vezes, por puro prazer. Isso porque essas atividades não são só gostosas de fazer, elas têm impactos reais na nossa saúde mental e emocional.
Segundo uma pesquisa liderada por Helen Keyes, o "artesanato" tem um impacto tão positivo no nosso senso de bem-estar que chega a ser mais significativo do que estar empregado - mas calma, não vai largar tudo -. E não é papo furado: criar algo com as próprias mãos nos dá sensação de realização, estimula a autoexpressão e ainda é uma ferramenta poderosa contra o estresse, a ansiedade e até o isolamento social.
Redução de estresse, estímulo cerebral e mais saúde mental
Quando nos dedicamos a uma atividade manual, como pintar, bordar ou fazer cerâmica fria, os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) diminuem. É como se o corpo entrasse em modo “pausa”, desligando as notificações da vida e permitindo um respiro. Além disso, hobbies manuais ativam áreas do cérebro responsáveis pela coordenação motora e pela cognição, o que ajuda até na prevenção de doenças neurológicas com o passar do tempo.
E tem mais: quem já passou uma tarde criando algo do zero sabe como esse tipo de atividade nos ajuda a sair do piloto automático. É um tempo offline, longe das telas, e com uma pitada de nostalgia, afinal, muita gente volta a se reconectar com lembranças da infância, quando fazer algo só por fazer era o mais comum do mundo.
Do mundinho interno ao rolê coletivo
Se antes um hobby era uma prática individual, hoje ele se transformou em um novo tipo de encontro. Encontrinhos de bordado, oficinas de pintura e tardes de crochê viraram eventos queridinhos por quem busca não só criar, mas também se conectar.
Cuidar da carreira, dar conta das relações, pagar boletos e ainda tentar manter a saúde mental em dia pode parecer missão impossível. Mas incluir um tempo pra si, por menor que seja, pode ser transformador. Criar algo com as mãos não é perda de tempo: é ganho de presença, de autoestima, de conexão.
E se você acha que não tem jeito pra isso, fica a dica: ninguém nasce sabendo fazer crochê. Mas todo mundo merece descobrir um jeito de se expressar, mesmo que o resultado final não seja digno de vitrine. O importante é o processo, o prazer, o tempo dedicado a si.
Agora que você entendeu o motivo desse boom manual, que tal descobrir seu hobby do mês?