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TikTok fora do ar nos EUA: o impacto para os tiktokers brasileiros  

Os Estados Unidos baniu uma rede social do país que, agora, vê em Donald Trump uma saída para voltar a funcionar

22/01/2025 - 13h23min

Atlântida
Foto: Divulgação

Pela primeira vez na história, os Estados Unidos baniu completamente uma rede social de seu território. O TikTok, popular aplicativo de vídeos curtos, ficou indisponível para download nas lojas de aplicativos da Apple e Google. Usuários que tentam acessar o app nos EUA se deparam com a mensagem: "TikTok não está disponível no momento".

Essa medida, porém, pode ser revertida. O recém-eleito presidente Donald Trump, que tomou a posse na segunda-feira (20), já indicou que pretende trabalhar em uma solução para restabelecer o TikTok no país.

O que motivou o bloqueio?

A decisão de banir o TikTok foi impulsionada por uma lei sancionada em 2024 pelo então presidente Joe Biden. A legislação exige que aplicativos operados por empresas chinesas, como a ByteDance (dona do TikTok), passem a ser controlados por companhias fora da China. Segundo o governo dos EUA, essa medida é necessária para proteger a privacidade e os dados dos cidadãos americanos, alegando que o TikTok poderia ser usado para espionagem.

O prazo de nove meses dado à ByteDance para cumprir a exigência se esgotou no domingo (19), e a Suprema Corte decidiu por unanimidade que a operação da plataforma deveria ser suspensa até que a empresa se adequasse à lei.

A disputa EUA x China

O bloqueio do TikTok é mais um capítulo na longa rivalidade entre Estados Unidos e China. Além das diferenças ideológicas e políticas – com os EUA sendo capitalistas e liberais e a China comunista –, existe uma competição econômica acirrada entre as duas potências.

Desde 2020, Donald Trump já havia tentado restringir o TikTok, alegando preocupações com a segurança nacional. Embora as ações não tenham avançado na época, a preocupação com o avanço tecnológico e financeiro da China segue sendo uma prioridade na agenda americana.

Curiosamente, Trump, que retorna à presidência após derrotar Kamala Harris nas eleições de 2024, já demonstrou interesse em reverter o bloqueio. Em declarações recentes, ele afirmou ter um "lugar especial no coração" para o TikTok, atribuindo à plataforma parte de sua popularidade entre os jovens eleitores.

O CEO do TikTok, Shou Chew, foi convidado para a posse de Trump e deve estar ao lado de outros líderes do setor tecnológico. 

Impacto global inclusive para os brasileiros

Enquanto nos EUA o aplicativo está suspenso, no Brasil o acesso permanece inalterado. No entanto, a restrição nos EUA afeta os usuários brasileiros de duas maneiras:

  1. Sem novos conteúdos de criadores americanos: vídeos e tendências vindos dos EUA, que costumam influenciar moda, comportamento e música, estarão temporariamente ausentes das redes.
  2. Alcance reduzido para criadores brasileiros: com menos usuários americanos acessando a plataforma, o alcance global dos conteúdos produzidos no Brasil também pode ser impactado.

E agora?

Nos Estados Unidos, o TikTok tem cerca de 170 milhões de usuários – a maior porcentagem de pessoas que acessam a plataforma em todo o mundo. Por isso, a proibição gerou uma onda de indignação nos EUA, com criadores de conteúdo inundando o TikTok com vídeos antigos e também de protesto. 

A próxima semana será decisiva para o futuro do TikTok nos Estados Unidos. Tudo depende das ações de Donald Trump, que já afirmou que “no final das contas, depende de mim, então vocês vão ver o que eu vou fazer”

Para o público global, resta acompanhar os desdobramentos e torcer para que uma solução seja encontrada. Afinal, todo mundo merece poder acessar a melhor rede social de vídeos, né? 



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