O ano está acabando, com isso, chegou o momento de revermos todas as tretas e polemicas que aconteceram em 2025. De julgamentos e condenação a procedimentos estéticos, as celebridades não nos pouparam.
Por isso, a ATL preparou uma lista com as maiores polêmicas do mundo pop para você relembrar tudo o que rolou em 2025.
Caso Sean “Diddy” Combs: do tribunal à Netflix

Em 2025, o caso envolvendo Sean “Diddy” Combs terminou com um veredito misto: ele foi absolvido das acusações de tráfico sexual, mas condenado por duas acusações relacionadas ao transporte para fins de prostituição, condenação que ele já começa a cumprir, ao mesmo tempo em que segue recorrendo judicialmente.
Em dezembro, a estreia da docussérie Sean Combs: The Reckoning, produzida por 50 Cent para a Netflix, reabriu o debate público com relatos inéditos de jurados e ex-colaboradores, reacendendo ações civis pendentes e expondo o rapper a nova onda de críticas. No entanto, a equipe de Diddy considera a série uma “retaliação corporativa” e acusa a Netflix de usar imagens sem autorização, algumas gravadas por ele mesmo dias antes da prisão.
Por isso, enviou uma carta de cessação e desistência exigindo a retirada da docuserie da plataforma e ameaçando processar tanto a Netflix quanto 50 Cent por difamação e uso indevido de material privado.
Blake Lively × Justin Baldoni

O set de É Assim que Acaba virou palco de uma guerra judicial quando Blake Lively acusou Justin Baldoni de assédio e retaliação. Baldoni devolveu com contra alegações, processos de defesa e pedidos milionários transformando o caso em um dossiê público de documentos, vídeos e tentativas de gag order (a “ordem de silêncio” concedida por um tribunal ou governo que proíbe a divulgação pública de informações judiciais).
A briga reacendeu debates sobre a presença de intimacy coordinators, protocolos de segurança e o desequilíbrio de poder em sets de filmagem. Algumas acusações de Baldoni foram consideradas improcedentes e Lively também teve pontos contestados na Justiça. Até o momento, recursos seguem sendo apresentados.
O julgamento está marcado para março de 2026.
Kanye West e Bianca Censori no Grammy 2025

Kanye West e Bianca Censori protagonizaram uma das cenas mais comentadas do Grammy 2025 ao aparecerem de surpresa na premiação. O look de Bianca, minimalista ao extremo e já característico da fase atual do casal, monopolizou as manchetes e levantou discussões sobre os limites estéticos dentro de eventos. Nos bastidores, circularam relatos de que os dois teriam sido discretamente escoltados para fora do local após a repercussão imediata.
A aparição viralizou impulsionando debates sobre até que ponto a dupla usa moda como provocação deliberada e performance pública. E a discussão tomou proporções maiores quando especialistas começaram a analisar o papel de Bianca nessas aparições, levantando pontos sobre autonomia, narrativa estética e exposição calculada.
Com a repercussão, marcas passaram a reavaliar contratos, enquanto rumores de cancelamento de campanhas envolvendo o casal se intensificaram.
Caso d4vd e Celeste Rivas Hernandez

Em setembro de 2025, a polícia de Los Angeles encontrou restos mortais severamente decompostos no porta-malas de um Tesla registrado em nome de D4vd. A vítima foi identificada como Celeste Rivas Hernandez, uma adolescente de 15 anos que havia desaparecido em abril de 2024.
De acordo com as autoridades, o corpo estava em decomposição havia semanas quando foi descoberto, e a jovem havia sido considerada desaparecida por seus familiares desde o ano anterior. A causa e data exatas da morte ainda não foram confirmadas. Apesar disso, o nome de D4vd já figura como suspeito no caso, segundo a polícia.
O impacto sobre a carreira do cantor e a reação dos fãs foram imediatos. D4vd cancelou sua turnê, incluindo sua vinda para o Lollapalooza Brasil 2026, e a divulgação de seu álbum foi interrompida.
Polêmicas no K-pop

Em 2025, o K-pop enfrentou algumas das polêmicas mais comentadas dos últimos anos. Em abril, o girl group Kiss of Life foi acusado de apropriação cultural após uma live temática de “hip-hop old-school”, em que integrantes usaram roupas e expressões associadas de forma estereotipada à cultura Black norte-americana. Pouco depois, BLACKPINK virou alvo de críticas quando vídeos antigos de audições vazaram mostrando algumas integrantes usando a N-word, reacendendo debates sobre insensibilidade cultural dentro das grandes agências.
Paralelamente, idols relataram episódios reais de preconceito, entre eles, o caso de uma cantora tratada como “passageira-problema” em um voo apenas por falar coreano, o que ampliou a discussão sobre xenofobia e racismo enfrentados por artistas asiáticos.
As reações foram rápidas: o Kiss of Life teve sua live deletada, e a S2 Entertainment divulgou um pedido de desculpas assumindo falhas e prometendo mais cuidado com referências culturais. No caso de BLACKPINK, o vazamento reacendeu um debate global sobre responsabilidade cultural em grupos com fanbases internacionais, questionando se o treinamento rígido da indústria realmente prepara idols para lidar com diversidade e impacto de suas ações.
As polêmicas de Wicked: Parte II

O lançamento de Wicked: Parte II movimentou o entretenimento global, mas também trouxe um debate pesado sobre corpo e padrões estéticos. Logo após as primeiras exibições, comentários sobre a magreza extrema de Ariana Grande (Glinda) e Cynthia Erivo (Elphaba) tomaram as redes sociais.
Enquanto isso, o clima no Brasil ficou ainda mais caótico. A estreia brasileira, realizada em São Paulo, virou alvo de críticas por problemas de logística: longas filas sob calor intenso, horários confusos, atrasos e restrições inesperadas que impediram parte do público de ver o elenco de perto. A irritação aumentou com o anúncio inesperado de que Ariana Grande não viria ao país, frustração que deixou parte do público com a sensação de “estreia incompleta”.
Para piorar, atrizes brasileiras marcantes na história do musical, Myra Ruiz e Fabi Bang, foram impedidas de tirar fotos com o elenco do filme no tapete verde, um gesto que o fandom considerou desrespeitoso, já que ambas foram fundamentais para popularizar Wicked nos palcos nacionais.
Sydney Sweeney: slogan polêmico e crise publicitária

A polêmica envolvendo Sydney Sweeney começou com uma campanha publicitária que usava o slogan “Sydney Sweeney has great jeans/genes”, fazendo um jogo de palavras entre “jeans” e “genes”. A intenção era promover uma marca de moda, mas o resultado foi o oposto: o trocadilho soou mais como uma referência à “boa genética” da atriz, provocando discussões sobre a eugenia e pureza racial.
Diante da repercussão, a marca retirou o slogan do ar e divulgou um pedido de desculpas, enquanto representantes de Sydney Sweeney afirmaram que a atriz não participou da criação do texto. Ainda assim, a crise levantou questionamentos sobre responsabilidade compartilhada entre celebridades e anunciantes.
Miss Universo 2025: escândalo internacional e investigações

A 74ª edição do Miss Universo foi coroada com a vitória de Fátima Bosch, representante do México, mas não sem drama. Poucos dias antes da final, Bosch protagonizou uma cena tensa: durante evento prévio em Bangcoc, o diretor do concurso, Nawat Itsaragrisil, a insultou publicamente por, supostamente, ter se recusado a participar de uma sessão promocional. A reação imediata foi uma saída coletiva de várias candidatas em solidariedade a ela.
Pouco depois, dois dos oito jurados renunciaram, alegando irregularidades: segundo um deles, a lista de 30 finalistas já teria sido definida antes mesmo da votação oficial, levantando sérias dúvidas sobre a lisura do processo. Deixando uma cicatriz na edição do concurso.
Padrões de beleza e procedimentos estéticos

As discussões sobre beleza em 2025 foram dominadas por celebridades que exibiram transformações marcantes e por um público cada vez mais atento aos limites entre escolha pessoal e pressão estética.
Anitta voltou ao centro do debate após assumir novos procedimentos faciais e corporais, reacendendo conversas sobre autocuidado, autenticidade e a estética altamente editada que rege o entretenimento visual. Já Kris Jenner viralizou ao aparecer com um contorno facial mais rígido e supostamente rejuvenescido o que levantou suspeitas de intervenções recentes.
A pressão também se voltou para influencers menores, que relatam sentir obrigação de “acompanhar o padrão” para seguir competitivos. Muitos deles admitem ter recorrido a procedimentos rápidos e pouco regulamentados apenas para não perder espaço em um feed cada vez mais guiado pela estética perfeita.
Indústria musical × IA
Em 2025, a adoção de IA para gerar música, incluindo vozes clonadas, vocais sintéticos e “bandas 100% IA”, se transformou em uma crise para artistas, gravadoras e plataformas. Ferramentas como Suno e Udio foram alvos de processos de grandes selos como Universal Music Group, Sony Music Entertainment e Warner Music Group, que os acusam de treinar seus modelos com músicas protegidas por direitos autorais e gerar obras derivadas sem autorização.
Além disso, houve casos específicos de “deepfakes musicais” que ganharam destaque: por exemplo, a faixa I Run, lançada em 2025 pelo produtor britânico Haven, gerou polêmica ao ser identificada como música com voz gerada por IA parecendo imitar uma artista real, resultando em sua remoção das plataformas de streaming após acusações de violação de direitos.
O impacto foi profundo. Plataformas como Spotify anunciaram medidas para coibir o uso fraudulento de IA, incluindo filtragem de “deepfakes”, restrições ao compartilhamento de músicas geradas por IA e exigência de transparência sobre o uso dessas tecnologias.
2025 deixou claro que a cultura pop vive uma tensão permanente entre arte, tribunal, redes sociais e indústria. Um ano em que cada polêmica virou trending, cada processo virou pauta global e cada aparição pública virou caso de estudo, e que deve redefinir como consumimos e discutimos entretenimento daqui para frente.

