Bobbie Goods: por que os livros de colorir viraram febre?
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Bobbie Goods: por que os livros de colorir viraram febre na internet?

De vídeos hipnotizantes no TikTok às prateleiras das livrarias, o fenômeno que transformou nostalgia em sucesso global

13/09/2025 - 08h00min

À primeira vista, o nome parece de um punhado de produtos, mas Bobbie Goods é o nome original de uma série de livros de colorir que conquistou a Geração Z e outras e já dominou as estantes brasileiras. Criados pela ilustradora Abbie “Bobbie” Goveia, em 2021, os livros trazem cenários fofos, piqueniques, animais sorridentes, tardes ensolaradas, sempre com aquele toque nostálgico que mistura infância com estética do Pinterest.

O detalhe que fez diferença? A proposta não ficou apenas no digital. Depois de viralizar com vídeos de colorir, os desenhos ganharam edições físicas por editoras renomadas, com papel grosso e acabamento impecável. Resultado: filas em livrarias, kits de canetinhas esgotados e milhares de novos fãs descobrindo o prazer de pintar.

Por que Bobbie Goods viralizou de verdade?

A resposta passa por três ingredientes que o TikTok adora: conteúdo relaxante, estética formulada e identificação coletiva.

  • Vídeos hipnotizantes: tutoriais mostrando degradês, paletas combinadas e efeitos realistas com marcadores duplos explodiram no For You. Quem cai em um vídeo, dificilmente vê só um.
  • O poder do slow content: em tempos de feeds acelerados, assistir alguém pintando calmamente virou quase terapêutico. É relaxante e dá aquela vontade de “eu também quero tentar”.
  • Conexão emocional: muita gente se identifica com os erros, borrões e tentativas frustradas mostradas por criadores. Afinal, não precisa ser artista para se divertir.
  • Fator saúde mental: colorir ajuda na concentração, reduz ansiedade e aumenta o foco, benefícios que fizeram os livros serem adotados até como rotina de autocuidado.

No fim das contas, Bobbie Goods virou mais que um produto: virou uma experiência compartilhada.

O boom no Brasil

Se lá fora o hype começou em 2021, por aqui a explosão foi entre o fim de 2024 e o início de 2025. Só nesse período, segundo a Nielsen BookScan, mais de 150 mil cópias foram vendidas. Os títulos aparecem no topo da Amazon e têm espaço garantido em livrarias físicas e online.

O sucesso também impulsionou o mercado de papelaria: os marcadores ponta dupla viraram os queridinhos da vez, com preços que variam de R$ 30 a mais de R$ 100. Para quem prefere praticidade, ainda existem versões digitais em PDF para imprimir em casa.

Mais que uma trend passageira

O impacto foi além dos caderninhos originais. Hoje já existem versões de fantasia, coleções sazonais e até colaborações com ícones da cultura pop. E não para por aí: o movimento abriu espaço para que muita gente descobrisse habilidades escondidas, como técnicas de sombreamento e criação de texturas.

Reprodução
A redação da Rede Atlântida também entrou na onda

Seja pelo charme nostálgico, pelo lado terapêutico ou pela estética perfeita para o feed, o fenômeno Bobbie Goods prova que, mesmo em plena era digital, ainda existe espaço para hobbies analógicos que unem arte, calma e comunidade.



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