
Prepare-se para um espetáculo celeste de tirar o fôlego: na noite de 7 para 8 de setembro de 2025 (domingo para segunda-feira), acontece o primeiro eclipse lunar total do ano, conhecido popularmente como Lua de Sangue. E ele não será qualquer eclipse - trata-se do mais longo desde 2022, com a fase total durando mais de uma hora.
Onde será visível
Infelizmente, o Brasil não estará na rota de observação a olho nu. O fenômeno só poderá ser visto diretamente em países da Austrália, Ásia, África e Europa. Mas isso não significa que os brasileiros vão perder o espetáculo: diversas transmissões ao vivo serão feitas no YouTube, como no canal do Observatório Nacional, a partir das 12h (horário de Brasília).
Por que a Lua fica vermelha?
Durante o eclipse lunar, a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua, projetando sua sombra sobre o satélite natural. Mas, em vez de desaparecer completamente, a Lua ganha tons avermelhados — é aí que nasce o apelido “Lua de Sangue”.
O efeito é resultado da refração da luz solar na atmosfera terrestre. Ao atravessar a atmosfera, os comprimentos de onda azul e verde são filtrados, enquanto os tons vermelhos e alaranjados conseguem alcançar a superfície lunar.
A astrônoma Cristiane Costa, bolsista do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), explica:
“Apesar da Lua estar na sombra da Terra, a luz solar que é espalhada pela atmosfera pode atingir a Lua. Dependendo da trajetória dela ao passar pelo cone de sombra da Terra, pode receber uma luz mais ou menos alaranjada. Poeira e nuvens na atmosfera também contribuem para o avermelhamento da luz.”
Em resumo: quanto mais partículas na atmosfera, como poeira ou nuvens, mais intensa pode ser a coloração avermelhada.
O que esperar
Seja pela tela do computador ou do celular, este será um dos momentos astronômicos mais marcantes de 2025. Para os apaixonados pelo céu, vale preparar o lembrete no calendário e acompanhar as lives. Afinal, a Lua de Sangue não acontece todo dia -e, quando acontece, sempre rende imagens inesquecíveis.