Dia da Consciência Negra: 7 autores negros gaúchos para celebrar
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20 de novembro

7 grandes autores negros gaúchos que transformaram a literatura

Conheça autores que transformam histórias em resistência e ampliam a representatividade no Brasil

20/11/2025 - 09h00min

Atualizada em: 20/11/2025 - 09h00min

Com mais de dois séculos de produção cultural, o Rio Grande do Sul também é território de vozes negras que transformaram, e continuam transformando, a literatura brasileira. Do ativismo à poesia experimental, passando pela ficção premiada e pela escrita feminina que desafia invisibilizações históricas, esses escritores negros gaúchos mostram que a literatura do estado é muito mais diversa do que você imagina.

No dia em que celebramos o Dia da Consciência Negra, a ATL reuniu  autores essenciais para você relembrar, conhecer, celebrar e ampliar seu repertório dentro da literatura negra brasileira.

Oliveira Silveira 

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Oliveira Silveira

Poeta, professor e ativista, Oliveira Silveira é um dos nomes mais importantes da literatura e do movimento negro no país. Nascido em Rosário do Sul, foi um dos idealizadores do 20 de Novembro como Dia da Consciência Negra, um marco político e cultural.

Sua obra destaca ancestralidade, identidade e resistência, trazendo à literatura brasileira uma perspectiva negra profunda e indispensável.

Obra recomendada: Banzo, saudade negra, uma referência incontornável para entender a poesia afro-brasileira e a luta por direitos culturais no Brasil.

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Ronald Augusto 

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Ronald Augusto

Poeta, crítico e pesquisador nascido em Rio Grande, Ronald Augusto é considerado um dos maiores inovadores da poesia brasileira atual. Sua escrita mistura experimentação, musicalidade e densidade reflexiva.

Sua produção expande as fronteiras da poesia brasileira, consolidando-o entre os autores negros mais relevantes da contemporaneidade.

Obra recomendada: No assoalho duro

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Lilian Rocha 

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Lilian Rocha

Poeta, farmacêutica e ativista, Lilian Rocha traz para a literatura temas como corpo, identidade, ancestralidade e cotidiano sob a perspectiva da mulher negra. Ocupa atualmente a cadeira número 49 da Academia de Letras do Brasil-seccional Rio Grande do Sul.

Obra recomendada: Úmida Húmeda, a obra é a mais recente de Lilian, lançada na Feira do Livro de Porto Alegre de 2025.

Jeferson Tenório 

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Jeferson Tenório

Apesar de nascer cariosa, Jeferson é radicado em Porto Alegre desde jovem, Tenório se tornou um dos autores mais premiados do país. Seu romance O Avesso da Pele venceu o Prêmio Jabuti, consolidando-o como uma referência nacional na ficção contemporânea.

Sua obra mistura crítica social, memória familiar, racismo estrutural e violência urbana com profundidade emocional.

Obra recomendada: O Avesso da Pele

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Maria Helena Vargas da Silveira 

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Helena do Sul

Conhecida também como Helena do Sul, foi poetisa, cronista e pedagoga. Sua obra combina lirismo, crítica social e reflexões sobre identidade negra em um estado que historicamente invisibilizou seus escritores negros. Sua escrita abriu caminho para gerações posteriores e segue influente na crítica e na formação literária.

Obra recomendada: É Fogo! (obra póstuma)

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Eliane Marques 

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Poeta e pesquisadora, Eliane Marques vem se destacando em concursos literários, festivais e publicações nacionais. Sua obra aborda memória, corpo, justiça racial e reescrita da história a partir da ótica negra. Foi vencedora dos prêmios Açorianos de Literatura e o Minuano de Literatura.

Obra recomendada: Louças de Família

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José Falero

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Nascido no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, José Falero ganhou projeção nacional com sua escrita direta, social e profundamente humana. Seus livros tratam de desigualdade, periferia, trabalho e sobrevivência, em estereótipos.

Obra recomendada: Os Supridores

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Por que ler escritores negros gaúchos?

Esses e outros tantos autores são fundamentais porque ampliam o alcance da literatura negra no país, combatem a invisibilização histórica da população negra no Rio Grande do Sul, renovam estéticas, temas e formas na literatura contemporânea, criam pontes entre memória, identidade e crítica social além de inspirarem novos escritores e novos leitores.


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