O 20 de setembro é lembrado como o Dia do Gaúcho, mas não precisa ser só de churrasco e bombacha: também é um ótimo momento para mergulhar na produção literária do Rio Grande do Sul. O estado continua revelando autores que têm feito barulho dentro e fora do Brasil, misturando tradição, experimentação e boas histórias.
Para celebrar essa data, a ATL preparou uma lista com 6 escritores gaúchos da atualidade que, se você não conhece, precisa conhecer.
Júlia Dantas

Júlia vem chamando atenção pela escrita afiada e pelo jeito de brincar com camadas da memória e do corpo. Seu romance mais recente, “A mulher de dois esqueletos”, foi um dos grandes lançamentos da cena literária gaúcha. Antes, já tinha mostrado potência em “Ruína y leveza”, onde cria narrativas íntimas e fragmentadas.
Samir Machado de Machado

Autor de fôlego histórico, Samir mistura rigor de pesquisa com enredos cheios de tensão. Em “O crime do Bom Nazista”, reconstrói os dilemas morais de um museu nos anos 1960 diante de um passado sombrio. Já em “Homens Elegantes”, leva a gente para uma aventura literária no século XVIII, com espionagem, humor e crítica social.
Michel Laub

Reconhecido nacionalmente e traduzido para várias línguas, Michel Laub é uma das vozes mais consistentes da literatura brasileira. Em “Diário da Queda”, aborda memória e trauma familiar; já em “A maçã envenenada”, mistura música, juventude e violência política. Laub é daqueles que mostram como uma narrativa pode ser íntima e coletiva ao mesmo tempo.
Pedro Guerra

Se você curte narrativas mais pop e conectadas com o público jovem, Pedro Guerra é um nome certo. Ele fez sucesso com “A Rainha Está Morta” e conquistou leitores com “Vício”, um compilado de 152 páginas feitas à mão, em uma publicação sem capa e com costuras aparentes. Sua escrita tem cara de internet e fala direto com novas gerações.
Natalia Borges Polesso

Premiada e traduzida, Natalia é uma força criativa da literatura contemporânea. No livro de contos “Amora”, ela celebra amores entre mulheres com delicadeza e humor. Já em “Controle”, mergulha em um romance sobre identidade, corpo e tecnologia. Sua obra é referência quando o assunto é diversidade na literatura.
Daniel Galera

Um dos nomes mais respeitados da cena literária, Galera consegue unir linguagem direta e uma atmosfera quase mítica. Em “Barba ensopada de sangue”, cria uma história marcada pelo mar e pelo silêncio - esse inclusive já virou filme. Em “Meia-Noite e Vinte”, faz um retrato da geração que cresceu junto com a internet, mas encara crises políticas e pessoais.