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Audiobooks: o play que virou leitura

Acabaram as desculpas para quem diz que não tem tempo para a leitura, o audiobook chegou para ficar

28/05/2025 - 17h19min

Atlântida

Se você é do tipo que vive dizendo “eu queria ler mais, mas falta tempo”, calma que a solução tá mais perto do que você imagina, talvez já esteja até no seu bolso. Os audiobooks (ou livros em áudio, se preferir) viraram febre porque são, literalmente, leitura em modo play. Dá pra ouvir no busão, lavando a louça, enquanto corre no parque ou durante a faxina. E o melhor: sem precisar parar as suas tarefas.

Apesar de estarem bombando agora, os audiobooks não são nenhuma novidade. O formato surgiu lá nos anos 1930, nos EUA, com o nome de talking books, pra ajudar pessoas com deficiência visual a acessarem histórias e conteúdos. O nome “audiobook” só apareceu nos anos 70, e, de lá pra cá, o formato evoluiu de CDs e fitas cassete pra aplicativos de streaming direto no celular, e com opção de ouvir até offline.

Reprodução

Hoje, o audiolivro é mais do que tendência: é ferramenta real de acesso, estudo e entretenimento. E não é só porque facilita a vida de quem vive na correria. Tem também um papel importante na inclusão. Gente com dislexia, deficiência visual, dificuldades de concentração, todo mundo pode se beneficiar com a possibilidade de ouvir em vez de ler. Isso sem contar a galera que aprende melhor pelo som do que pela visão. Sim, esse formato também é um baita recurso pedagógico.

Leitura sem usar os olhos: prático e poderoso

A lógica é simples: você escuta como se fosse um podcast, só que com começo, meio e fim bem definidos, com narração profissional (às vezes até feita pelo próprio autor ou atores treinados para isso), efeitos sonoros e toda uma ambientação que ajuda a mergulhar na história. E sabe aquele livro denso que dá até preguiça de começar? No formato em áudio, ele pode ficar muito mais digerível.

Quer estudar pro Enem ou vestibular? Tem audiobook pra isso. Quer dar risada com comédias românticas ou chorar com dramas pesados? Também tem. Quer aprender inglês, francês ou qualquer outro idioma? Ótimo, porque ouvir nativos falando em ritmo natural ajuda demais na fluência e pronúncia.

E tem mais: quem consome audiolivros costuma desenvolver melhor a memória auditiva. Você treina o cérebro pra prestar atenção nos detalhes, seguir tramas complexas e até lembrar nomes e eventos com mais facilidade. Um livro lido com os ouvidos ainda tem o poder de melhorar sua compreensão de texto, sua comunicação e para quem ouvia contações de história na infância, dá até uma nostalgia.

Um mercado em expansão (e cheio de oportunidade!)

Se por um lado o audiobook virou a salvação de quem mal consegue sentar pra ler, por outro ele também criou um novo mercado. Com o boom do formato, aumentou a demanda por locutores, narradores e profissionais de voz que sabem entregar emoção no tom certo. 

Autores também estão ligados nisso. Cada vez mais, lançamentos vêm em formato duplo: impresso e áudio. Afinal, se o público quer flexibilidade, nada mais justo do que entregar a história do jeito que ele quiser consumir.

Onde escutar?

Tem audiobook em tudo quanto é canto: no Spotify, Audible, Ubook, Tocalivros, Google Podcasts e até no YouTube. O caminho é procurar a obra ou tema que você quer, e mergulhar no que melhor se encaixa pra você.

Alguns são pagos, outros de graça. É só escolher e dar o play.

Bora dar o play?

No fim das contas, audiobook é isso: democratização do conteúdo. É inclusão de verdade. É uma forma de consumir cultura que se adapta à sua rotina e amplia sua visão de mundo, mesmo de olhos fechados.

Se você nunca ouviu um, esse é o momento. Escolhe um tema que você curte, dá o play e deixa a história te levar. 


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