Wicked Parte II chegou aos cinemas no último dia 20 de novembro, trazendo a conclusão da história de Elphaba (Cynthia Erivo) e Glinda (Ariana Grande). E um dos primeiros assuntos a dominar as redes foi a presença sutil de Dorothy Gale, personagem-chave da história original de O Mágico de Oz.
Interpretada pela britânica Bethany Weaver, Dorothy aparece sem ter seu rosto revelado, uma escolha proposital do diretor Jon M. Chu, que defende que “não é o momento de apresentar outra Dorothy ao mundo”. A estratégia reforça o foco na jornada final das protagonistas interpretadas por Grande e Erivo, enquanto mantém o mistério em torno da figura mais icônica de Oz.
Críticas divididas: os pontos altos e baixos do filme
Na crítica especializada, Wicked: Parte II acumulou 74% de aprovação no Rotten Tomatoes, com elogios ao desfecho emocional, às performances e ao arco das personagens. Já entre o público, o entusiasmo foi ainda maior: 98% de aprovação no Popcornmeter e 7,1 estrelas no IMDb.
Apesar da recepção positiva, alguns críticos apontaram o tom mais sombrio e o ritmo mais lento como pontos que atrapalham o desenvolvimento da história. Mesmo assim, o filme não decepcionou nas bilheterias: já ultrapassou US$ 758 milhões mundialmente.
O segundo filme também marca o encerramento da adaptação cinematográfica do musical assinada por Stephen Schwartz e pela roteirista Winnie Holzman, que expandiu o espetáculo original de 2h30 para quase cinco horas nas telonas. Com novas músicas, conflitos políticos em Oz e a tensão renovada entre Glinda e Elphaba, a obra se propõe a fechar definitivamente a história das duas bruxas mais famosas da cultura pop, mas talvez não o futuro da franquia.
Possíveis novos filmes no universo de Wicked
O universo de Oz pode ter chegado ao fim nas telas, mas tudo indica que a conversa está longe de acabar. Em entrevista à Vulture, Michael Moses, diretor de marketing da Universal, afirmou: “Devido ao sucesso de Wicked, mas também aos fãs, temos quase a responsabilidade de descobrir como podemos continuar neste universo.” A declaração reacendeu a expectativa de expandir a franquia para novas histórias, personagens e linhas do tempo.
O compositor original Stephen Schwartz também tem alimentado as especulações. Em entrevista ao The Ankler, ele ressaltou que a saga literária de Gregory Maguire é muito maior do que apenas o primeiro livro: “A história de Glinda e Elphaba parece completa, mas há outros aspectos que poderiam ser explorados.” Entre eles, a jornada de Liir, filho de Elphaba, protagonista dos livros seguintes.
Schwartz ainda comentou que existe uma ideia em discussão com Winnie Holzman, “não uma sequência, mas um complemento”, indicando que o universo pode seguir caminhos paralelos ou alternativos em vez de simplesmente continuar a narrativa principal.
Com o sucesso massivo dos dois filmes, a boa vontade do público e uma mitologia rica ainda pouco explorada no cinema, Wicked pode estar prestes a se tornar uma franquia de longa vida. Resta saber qual forma esse retorno pode assumir: spin-off, prequel, adaptação dos demais livros ou até mesmo um projeto totalmente original ambientado em Oz.
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