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Netflix: Filme dos Mamonas Assassinas estreia no catálogo; mas será que precisava?

Cinebiografia da banda de rock frustra audiência

04/07/2025 - 17h23min

Natalie Oliveira
Natalie Oliveira
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Reprodução/Internet
"Mamonas Assassinas: O Filme" chega no catálogo da Netflix.

No último dia 28, a Netflix incluiu em seu catálogo a cinebiografia da banda de rock brasileira Mamonas Assassinas. O grupo mais amado dos anos 90, que teve um fim trágico em um acidente aéreo em 1996, era formado pelo vocalista Dinho (Ruy Brissac), o guitarrista Bento Hinoto (Alberto Hinoto), o baixista Samuel Reoli (Adriano Tunes), o tecladista Júlio Rasec (Robson Lima) e o baterista Sérgio Reoli (Rhener Freitas).

Mamonas Assassinas: O Filme, lançado em 2023, foi escrito por Carlos Lombardi (Pé na Jaca 2006 - 2007), dirigido por Edson Spinello (Malhação 1999 - 2003) e distribuído pela Imagem Filmes. Apesar do sucesso de bilheteria nos cinemas, sendo a maior de um filme nacional desde a pandemia de COVID-19 - afinal, quem não gostaria de viver (ou reviver) um pouco da febre dos Mamonas? - o público teceu críticas pesadas ao longa. E com razão!

O (único) ponto positivo da produção foi a escolha de elenco, que pode até assustar, pela semelhança dos atores com os integrantes verdadeiros da banda. Mas nem isso, nem o esforço do elenco foi capaz de salvar o longa.

Entre diálogos rasos, cortes repentinos e falhas de continuidade, faltou aprofundamento em momentos marcantes da história do grupo e o desenvolvimento de personagens (o Bento quase não tem falas, por exemplo), o que impossibilitou a criação de laços emocionais com a história.

Com cinebiografias como “O Tempo Não Para”, do Cazuza, “Somos Tão Jovens”, que mostra a juventude de Renato Russo, e o recém-lançado “Homem Com H”, de Ney Matogrosso, é frustrante que, uma banda tão importante como os Mamonas Assassinas, não teve uma obra mais bem produzida.

Mamonas Assassinas: O Filme acerta no clima, traz a trilha sonora, os figurinos e os momentos de palco com intensidade, mas sua alma biográfica se perde em uma montagem apressada e pouco emocional. Para fãs saudosistas, ele cumpre sua função nostálgica. Mas, para quem busca uma imersão na história da banda e seus dilemas, a produção soa como uma oportunidade não aproveitada, um tributo de som alto e roteiro baixo.

Assista o trailer:



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