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CNH vai mudar: aulas deixam de ser obrigatórias e regras ficam mais flexíveis

Contran aprova resolução que reduz exigências, libera instrutores autônomos e altera a forma de obter a primeira CNH no Brasil.

01/12/2025 - 17h46min

Reprodução/Internet
Entenda como vai funcionar novo processo para tirar CNH.

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou uma resolução que acaba com a obrigatoriedade de fazer aulas em autoescolas para obter a primeira Carteira Nacional de Habilitação. As alterações incluem a redução da carga horária mínima e o fim do prazo de validade do processo de habilitação.

A mudança surge em um momento crítico: segundo pesquisa encomendada pelo Ministério dos Transportes, um terço dos brasileiros não tem CNH devido ao alto custo, e 20 milhões dirigem sem habilitação. O valor do processo é citado como principal barreira.

Com a nova regra, o candidato ganha mais autonomia para escolher como aprender, sem perder o acompanhamento profissional, já que o governo criará a figura do instrutor autônomo.

Como ficam aulas e provas com as novas regras?

Aulas teóricas

A carga horária mínima deixa de existir. As entidades responsáveis poderão definir o formato e a duração das aulas, seguindo as diretrizes de conteúdo do Contran. A modalidade presencial ou remota (ao vivo ou gravada) também está liberada.

Aulas práticas

  • Carga mínima reduzida de 20 horas para 2 horas.
  • Aprendizado pode ser feito com instrutores autônomos.
  • Candidato pode usar o próprio carro, desde que o veículo cumpra requisitos de segurança.

Instrutores autônomos

Instrutores já cadastrados serão notificados e poderão migrar para o novo modelo. Novos profissionais terão curso gratuito pelo Ministério dos Transportes.

Prova prática

  • Realizada em trajeto pré-definido.
  • Avaliação por comissão com três membros.
  • Uso do próprio veículo permitido.
  • Tentativas ilimitadas, com segunda prova gratuita em caso de reprovação.


As mudanças prometem democratizar o acesso à habilitação, mas também levantam dúvidas sobre segurança, qualidade do ensino e supervisão. Agora, motoristas, instrutores e governos precisam se adaptar a um trânsito que está prestes a mudar de rota.


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