
A palavra “brain rot” — traduzida como “podridão cerebral” — foi eleita em 2023 como a palavra do ano pelo dicionário britânico Oxford. E o termo não surgiu por acaso. Pesquisas recentes mostram que o consumo constante de conteúdo digital de baixa qualidade pode ter impactos reais e graves sobre a saúde mental.
Um estudo publicado no respeitado JAMA (The Journal of the American Medical Association) aponta que jovens entre 9 e 14 anos que se declaram viciados em dispositivos eletrônicos têm de duas a três vezes mais chances de apresentar pensamentos suicidas ou comportamentos de automutilação. Esses números se destacam em comparação com adolescentes que conseguem passar períodos significativos longe das telas.
O alerta serve como um chamado à reflexão sobre o tempo gasto com conteúdos superficiais e a importância de estabelecer limites no uso da tecnologia — especialmente durante a adolescência, uma fase já naturalmente marcada por instabilidades emocionais.