IA pode causar “tsunami” de desemprego na classe média em até quatro anos, alerta economista | Atlântida
logo atlântida

AO VIVO

Futuro do Mundo

O futuro (nem tão) distante

IA pode causar “tsunami” de desemprego na classe média em até quatro anos, alerta economista

Ex-ministro Adolfo Sachsida compara o impacto da revolução tecnológica à Primeira Revolução Industrial e prevê transformações drásticas no mercado de trabalho

31/10/2025 - 17h57min

A ascensão da inteligência artificial pode desencadear uma das maiores crises de emprego da história moderna e ela pode começar antes do fim da década. O alerta é do economista e ex-ministro Adolfo Sachsida, que trata do tema em seu novo e-book gratuito Princípios de economia e os desafios da inteligência artificial: a economia na era do preço zero”, lançado pela Gazeta do Povo.

Segundo Sachsida, o avanço acelerado da IA representa uma quebra estrutural” comparável à Primeira Revolução Industrial (1760–1850), período marcado pela substituição massiva da mão de obra humana por máquinas.

A velocidade das mudanças é tão alta que inviabiliza uma realocação rápida dos trabalhadores. O resultado pode ser um verdadeiro tsunami de desemprego, afetando tanto a base quanto o topo da pirâmide profissional

AFIRMA O ECONOMISTA.

O especialista alerta que a disrupção causada pela tecnologia deve atingir de forma desigual diferentes faixas de qualificação, da classe média à elite intelectual.

Profissões em risco imediato incluem:

Alta qualificação: advogados, contadores, economistas, programadores e professores podem ver suas equipes reduzidas, com sistemas de IA assumindo parte das tarefas cognitivas complexas. Restariam apenas núcleos de supervisão humana para checagem e tomada de decisão.

Classe média-baixa: funções como porteiros, secretárias, motoristas e atendentes estão entre as mais vulneráveis à automação e à digitalização de serviços.

Setores específicos: escolas de idiomas, agências bancárias e empresas de tradução ou dublagem devem sofrer cortes significativos, diante da popularização de ferramentas de tradução automática e transações on-line.

Sachsida defende que governos e empresas invistam em educação tecnológica e requalificação profissional, sob pena de ampliar o abismo social. “A IA pode ser um divisor de águas entre quem entende o novo mercado e quem será deixado para trás”, conclui.



MAIS SOBRE