
Uma inteligência artificial desenvolvida por cientistas da Dinamarca e dos Estados Unidos está chamando atenção (e levantando algumas sobrancelhas): trata-se do Life2vec, um algoritmo que consegue prever a morte de uma pessoa com até 78% de precisão.
A tecnologia, descrita como um avanço na análise de dados de saúde, foi publicada na revista Nature Computational Science. Ela analisa sequências de eventos da vida — como estilo de vida, trabalho, saúde e até hábitos pessoais — para estimar a expectativa de vida. Praticar exercícios regularmente, por exemplo, ajuda a somar anos, enquanto fumar com frequência... bom, você já imagina o resultado.
Os testes foram feitos com dados de pessoas entre 35 e 65 anos, de janeiro de 2008 a dezembro de 2015. A IA precisava prever quem estaria vivo quatro anos após 2016. E acertou em mais de 3 a cada 4 casos.
Apesar do sucesso técnico, o sistema gerou preocupações sobre como essas previsões poderiam ser usadas por empresas de seguro ou planos de saúde para selecionar clientes ou ajustar preços — o que levanta um alerta ético importante.