
O Brasil está cada vez mais vazio no berçário. Dados do Registro Civil, divulgados nesta sexta-feira (16) pelo IBGE, mostram que 2023 teve o menor número de nascimentos desde 1976. Foram 2.518.039 registros no país, uma queda de 0,8% em relação a 2022. E já é o quinto ano seguido de recuo.
Para ter uma ideia, em 1976 foram 2.468.667 nascimentos — número parecido com o atual, mas que pode estar subestimado, segundo o próprio IBGE, por conta da subnotificação comum naquela época.
Mas nem tudo são fraldas sujas. Um dado interessante mostra que as mães brasileiras estão adiando a maternidade: 39% delas tinham mais de 30 anos em 2023. Em 2003, esse percentual era de 23,9%. Já o número de mães adolescentes caiu de 20,9% para 11,8% no mesmo período.
O Distrito Federal lidera o ranking de mães com mais de 30: 49,4%. Depois vêm o Rio Grande do Sul e São Paulo, empatados com 44,3%.
E já dá para ir se acostumando com menos gente no rolê. A projeção do IBGE é que a população brasileira comece a encolher a partir de 2042. Até lá, a estimativa é que a gente bata 220 milhões de pessoas. Depois disso, ladeira abaixo: seremos 199,2 milhões em 2070.
Ou seja, o futuro pode até ser dos robôs, mas vai ter bem menos gente para programar eles.