Mãe, não é só uma fase, o Emo está vivíssimo! O palco do Auditório Araújo Vianna virou um tributo e um belo remember ao Emo na noite de quarta-feira (04), em Porto Alegre. Com o Festival Polifonia, produzido este ano como uma celebração ao gênero e com o nome EmoVive, diversas bandas levantaram o público e mostraram que estão longe da aposentadoria.

O line-up contou com gigantes do Emo dos anos 2000 e teve início às 18h. A abertura ficou por conta da banda Projeto Hare. Logo em sequência, quem assumiu o palco na tímida noite fresca da capital gaúcha foram as americanas Mae e Emery, respectivamente.
Ainda nesse momento, o público ainda se demonstrava tímido na quantidade, mas animação e balanço em frente a grade do palco já ditavam o que seria o ritmo da noite: som alto e muita nostalgia.
Foi com a preparação de palco para a também americana Anberlin que o espaço ficou em polvorosa. Diversos fãs aguardavam com camisetas da banda para reviver o suas juventudes ou conhecer a banda que conquistou até os mais novos.
Formada em 2002 pelo vocalista Matty Mullins, pelos guitarristas Joseph Milligan e Christian McAlhaney, pelo baixista Deon Rexroat e pelo baterista Nathan Young, a banda já havia feito passagens pelo Brasil anteriormente, a última em 2014. Extinta em 2014 e reunida em 2018, o grupo tem percorrido o mundo na onda nostálgica que revive o movimento.
Entre a apresentação de Anberlin e a troca de equipamentos no palco, a ansiedade dos fãs foi atiçada com a presença de membros da estrela da noite no canto do palco, curtindo o show. A banda porto-alegrense Fresno foi o ato de fechamento do evento e com toda certeza, a mais aguardada por grande parte do público.
Entre a plateia, composta majoritariamente pessoas na casa dos 30 a 40 anos, as vestes pareciam um uniforme: camisetas pretas e calças pretas, muitas vezes com nomes das bandas. Vez ou outra um cabelo colorido ou algo mais chamativo dava espaço no visual.
Ao subir no palco a Fresno retomou seus dias de shows em casas pequenas das ruas próximas de Porto Alegre. Foi com seus três primeiros discos: Quarto dos Livros, O Rio, A Cidade, A Árvore e Ciano, que o show foi levado com um coro incansável dos fãs mais fiéis.
Em frente ao público, Lucas Silveira, vocalista da Fresno desde a fundação, se entrega a nostalgia das canções: "Parece que estamos cantando músicas de outras pessoas, de outros tempos, mas as memórias voltam, e como é bom voltar”.
Além do show de Porto Alegre, o Festival vai passar ainda por Rio de Janeiro e São Paulo, onde terá duas edições e contará com mais bandas no lineup.