Se músicas emo já dão vontade de chorar, imagine quando a dor adolescente encontra o pandeiro? Pois é exatamente isso que o “pagodemo” está fazendo: transformando clássicos da era MySpace em trilhas perfeitas para chorar sorrindo no meio da roda.

A tendência, que começou tímida em vídeos no TikTok e versões independentes no YouTube, agora virou um universo inteiro de nostalgia com sabor de domingo ensolarado. E claro, com aquele toque de drama que só o emo sabe entregar.

A seguir, reunimos algumas das versões que melhor definem a essência do pagodemo: a mistura improvável que deu certo, com altos níveis de gatilho e palm muting convertido em cavaco.

Fresno – “Eu Sei”

A eterna música de quem já sofreu por crush não correspondido ganha uma base de cavaquinho que deixa tudo ainda mais agridoce. Na versão de Bruno Saturno, “Eu Sei” vira praticamente um hino de karaokê sentimental.

Nickelback – “Someday”

Se Nickelback já fez parte da formação de caráter emocional de muita gente, a faixa “Someday” renasceu com cara de final de festa. O vocal sofrido permanece; o que muda é o ritmo que te pega pela cintura e te faz pensar: será que o Chad Kroeger aprovaria? Provavelmente sim.

Forfun – “História de Verão / Cara Esperto”

Essa aqui já nasce pronta para a roda de amigos. Forfun sempre teve aquela vibe praiana que combina com violão, mas ouvir “Cara Esperto” marcado no tantan é quase terapêutico. A mistura funciona tão bem que parece até que a banda escreveu pensando nisso e quem viveu o auge do indie-emo sabe o quanto isso toca fundo.

Pitty – “Na Sua Estante”

Pitty sempre foi trilha de drama, e no pagode isso fica ainda mais evidente. Em versão mais suave, “Na Sua Estante” vira um samba de desabafo, daqueles que você canta olhando para o horizonte como se estivesse em um videoclipe. O carisma da música permanece intacto, só que agora com textura de roda de bar.

NX Zero – “Só Rezo”

O que já era oração emo virou quase um mantra pagodeiro. A versão transforma o refrão em um clímax emocional. Um dos grandes destaques dessa onda pagodemo, com potencial real de trilha de fim de ano emo.

O pagodemo prova que não existe gênero certo para sentir e que a música emo, quando ganha swing, fica ainda mais eficiente para curar (ou reabrir) feridas emocionais. Fique de olho, porque essa tendência só cresce… e a gente já está pronto para a próxima leva de clássicos virando samba.