
O cantor Sombr, fenômeno do pop alternativo que despontou nas paradas com hits como Back to Friends, se viu no centro de uma das maiores controvérsias da música pop. Tudo começou após um vídeo viral no TikTok, em que uma espectadora relatou sua experiência em um show do artista em Washington D.C., descrevendo-o como “cringe” e “desconfortável”.
Segundo o relato, a performance incluía interações consideradas de mau gosto, como o chamado “Sombr Dating Show”, em que fãs subiam ao palco para ligar para ex-namorados, e momentos em que o cantor pedia que o público “latisse” durante músicas. A fã, de 25 anos, disse ainda que o público majoritariamente adolescente e o tom das piadas deixaram o clima estranho: “Parecia um show feito para crianças com humor de adulto”.
O vídeo rapidamente atingiu milhões de visualizações, gerando uma enxurrada de comentários sobre a postura do artista e o comportamento de seu público, majoritariamente formado por adolescentes e jovens fãs vindos do TikTok.
Diante da repercussão, Sombr respondeu diretamente nas redes. Em um vídeo no TikTok, o cantor ironizou as críticas e afirmou que pessoas mais velhas deveriam saber o que esperar de um show seu. “Se você tem 25 anos e vai a um show meu esperando um público maduro, isso é um skill issue”, declarou.
Ele também criticou o que chamou de uma “onda de body shaming” direcionada a ele após o vídeo viral, dizendo que foi atacado por sua aparência e jeito de falar. “Todo mundo é bem-vindo nos meus shows, todas as idades, gêneros, sexualidades e raças. Eu quero que as pessoas se divirtam, só isso.”
Apesar da tentativa de encerrar o assunto, a resposta dividiu opiniões: enquanto parte dos fãs apoiou o cantor, outros apontaram falta de maturidade e insensibilidade ao desconsiderar críticas legítimas sobre o conteúdo de um show voltado a um público tão jovem.
Quem é Sombr
Sombr, nome artístico de Shane Michael Boose, de 20 anos, é uma das novas apostas da cena pop global. Misturando synthpop, indie e estética de internet, o cantor ganhou destaque com faixas introspectivas e performáticas que viralizaram em vídeos no TikTok.
Em poucos meses, ele alcançou o top 10 global do Spotify, chamando atenção da crítica e de grandes festivais. Seu visual andrógino, humor autodepreciativo e presença digital intensa o transformaram em um dos rostos mais comentados da nova geração do pop.
Atualmente, o cantor está em turnê internacional promovendo seu álbum de estreia, live a little, marcado por letras que falam sobre ansiedade, fama precoce e autoimagem. Apesar do sucesso comercial, o cantor tem enfrentado uma série de discussões sobre a linha tênue entre performance e provocação, algo que o público jovem consome com entusiasmo, mas que também gera desconforto em parte da audiência.
Críticos apontam que a polêmica evidencia uma tensão cada vez mais comum na cultura pop: o choque geracional entre o humor “meme”, típico da geração Z, e a percepção de “imaturidade” por parte de fãs mais velhos.

