
O julgamento do rapper e empresário Sean “Diddy” Combs, acusado de tráfico sexual, associação criminosa e drogas, entrou em sua fase final nesta semana, na corte federal em Manhattan. Após sete semanas de audiências que incluíram depoimentos de mais de 30 testemunhas, o caso agora está nas mãos do júri de 12 pessoas.
Júri enfrenta dificuldades em chegar a consenso
As discussões começaram oficialmente no último domingo (30). Segundo documentos divulgados pela corte, um jurado — identificado apenas como “Juror nº 25”, um cientista com Ph.D. — estaria, segundo seus colegas, ignorando as instruções legais do juiz Arun Subramanian. O que poderia resultar em anulação ou novo julgamento.
Apesar da reclamação, o juiz ordenou que os 12 jurados permanecessem deliberando. Até esta terça-feira (1º), o júri já havia solicitado reler trechos-chave dos depoimentos, mostrando que há pontos ainda sem consenso.
O depoimentos das testemunhas
Entre os depoimentos, o julgamento contou com o testemunho de Cassie Ventura, ex-namorada de Diddy, que relatou um padrão de abuso físico, psicológico e sexual ao longo do relacionamento. Segundo Cassie, festas privadas do rapper envolviam uso de drogas e atos sexuais, muitas vezes com acompanhantes masculinos contratados. Um dançarino, Daniel Phillip, confirmou ter sido pago para participar dessas festas, chamadas de “freak-offs”.
A promotoria defende que Combs liderou, ao longo de duas décadas, uma rede criminosa voltada à exploração sexual de mulheres, utilizando dinheiro, influência e intimidação para manter tudo sob controle. Já a defesa rebate, alegando que todas as relações foram consensuais e que o estilo de vida descrito pelas testemunhas não é crime.
Diddy pode pegar prisão perpétua
Se condenado, Diddy pode enfrentar penas que variam de 15 anos até prisão perpétua. O veredito poderá ter consequências catastróficas na liberdade do artista e também em seus negócios multimilionários.
Por ora, não há prazo definido para o fim das deliberações. O júri pode chegar a um consenso rapidamente ou passar mais dias analisando o caso, dada a complexidade das acusações e a enorme quantidade de provas e depoimentos apresentados.