
Já pensou sair de casa para curtir o show da sua banda favorita, passar horas na fila, chegar no portão… e ser barrado porque está com um carregador de celular no bolso? Pois foi exatamente o que aconteceu com fãs que foram aos shows de Gilberto Gil e System of a Down no Allianz Parque, em São Paulo. A revolta foi tanta que até advogada entrou na briga.
Segundo relatos, seguranças pediram que o público descartasse os carregadores portáteis para conseguir entrar. E, claro, o climão se espalhou. A advogada Amanda Regina da Cunha criticou a medida, dizendo que a proibição é genérica e desrespeita o Código de Defesa do Consumidor, já que afeta diretamente o conforto e a segurança das pessoas.
Enquanto isso, a Eventim, empresa responsável pela venda dos ingressos, se esquivou da responsabilidade, afirmando que as regras são definidas pela produção dos eventos. Já o Allianz Parque informou que segue as orientações passadas por cada organização — ou seja, cada show pode ter uma regra diferente.
No site da Eventim, a lista de objetos proibidos inclui facas, sprays, fogos de artifício, guarda-chuvas e até jornais (!), mas não há menção direta a carregadores portáteis. Só que um item vago, do tipo “outros objetos a critério da organização”, abre espaço para interpretações nada amistosas.
Sem tomadas, sem sinal de Wi-Fi e agora sem power bank? Tá difícil manter a bateria — e a paciência.