
2025 ficará lembrado como um ano de muitos acontecimentos. Entre eles: o ano de grandes despedidas no mundo da música.
Gravações históricas, vozes e carreiras que influenciaram gerações chegaram ao fim. Artistas faleceram e deixaram um vazio que ainda acompanha fãs e outros artistas.
A ATL reuniu os principais nomes da música que partiram ao longo do ano, além de algumas perdas importantes para a cultura, como forma de homenagem a esses gigantes.
Ozzy Osbourne
O mundo do rock viveu um dos momentos mais dolorosos com a morte de Ozzy Osbourne, em 22 de julho, aos 76 anos. Conhecido como o “Príncipe das Trevas”, Ozzy redefiniu o heavy metal ao lado do Black Sabbath, criando uma estética sonora pesada, sombria e inovadora que influenciou incontáveis músicos nas décadas seguintes. A carreira solo do músico também consolidou seu status de lenda, com sucessos que atravessaram gerações e uma presença marcante tanto no palco quanto fora dele.

Brian Wilson
Outro baque profundo para a música mundial foi a morte de Brian Wilson, em 11 de junho, aos 82 anos. Mente criativa por trás dos Beach Boys, Wilson foi responsável por alguns dos arranjos mais sofisticados e revolucionários do pop e do rock dos anos 1960. Seu trabalho em “Pet Sounds” e “Smile” ainda hoje é estudado como referência máxima de experimentação e harmonia. Mesmo enfrentando desafios pessoais e de saúde mental ao longo da vida, Brian deixou um legado musical que moldou toda a estética do pop moderno.

Jimmy Cliff
A música jamaicana perdeu um dos seus maiores representantes com a morte de Jimmy Cliff, que faleceu em novembro de 2025, se tornando uma das despedidas mais sentidas do reggae mundial. Autor de clássicos como “I Can See Clearly Now” e um dos grandes responsáveis pela difusão internacional do gênero, Cliff levou a cultura jamaicana para plateias globais e influenciou toda uma geração de artistas. Além da música, também brilhou no cinema, especialmente no filme The Harder They Come, peça fundamental da história do reggae.

Steve Cropper
A música perdeu também Steve Cropper, guitarrista da Booker T. & the M.G.’s e um dos maiores nomes da soul music norte-americana. Cropper ajudou a construir o som da Stax Records, participando da criação de clássicos ao lado de Otis Redding, Sam & Dave e Wilson Pickett. Sua morte em 2025 marca o fim de uma das mãos mais influentes da história da guitarra, cuja assinatura sonora é reconhecida até por quem, sem saber, já ouviu sua obra inúmeras vezes.

Arlindo Cruz
O Brasil perdeu em 2025 um de seus maiores sambistas: Arlindo Cruz. Compositor prolífico, poeta e figura central do samba carioca contemporâneo, Arlindo deixou uma obra monumental, marcada por sensibilidade, espiritualidade e uma ligação profunda com as tradições do gênero. Sua partida encerra um capítulo importante da música brasileira.

Lô Borges
Outra perda dolorosa para o Brasil foi a morte de Lô Borges, nome essencial do Clube da Esquina. Sua contribuição para a MPB, tanto em carreira solo quanto em parceria com Milton Nascimento, marcou a música nacional com harmonias inovadoras e melodias inesquecíveis. Lô partiu em novembro, deixando um legado que segue inspirando músicos.

Preta Gil
A cantora Preta Gil faleceu em 20 de julho de 2025, após uma longa batalha contra um câncer. Com personalidade e voz marcante, Preta construiu uma carreira pautada pela liberdade artística, pela autenticidade e pela defesa incondicional de causas sociais. Sua morte foi amplamente lamentada no Brasil, tanto por sua contribuição musical quanto pela figura pública de grande importância cultural.

Ace Frehley
Conhecido mundialmente como guitarrista original do Kiss, Ace Frehley morreu em outubro deste ano, encerrando a história de um dos músicos mais emblemáticos do rock de arena. Sua identidade visual, seu estilo de tocar e sua influência na formação do hard rock dos anos 1970 fizeram dele um ícone absoluto do gênero.

Perdas em outras áreas da cultura
2025 também trouxe despedidas importantes em outras frentes. O cinema perdeu nomes gigantes como Robert Redford, Diane Keaton e Gene Hackman; a moda se despediu de Giorgio Armani; o esporte perdeu Hulk Hogan; a ciência perdeu Jane Goodall; e a política viu partir figuras como Dick Cheney. Cada um deles, em sua área, deixou um marco cultural.

