Halsey abriu o coração sobre o caos nos bastidores da sua carreira. Em entrevista recente ao Zane Lowe, na Apple Music 1, a cantora revelou que não pode lançar um novo álbum agora. O motivo? A gravadora não gostou do desempenho de The Great Impersonator, seu último disco, lançado em 2024.
“Não posso fazer um álbum agora. Não tenho permissão. ‘The Great Impersonator’ não teve o desempenho que eles esperavam”, contou Halsey. Só que, na real, o álbum vendeu 100 mil cópias na primeira semana, de acordo com a cantora, número forte para um projeto experimental, sem hit massivo nas rádios, e que ainda impulsionou a turnê mais bem-sucedida da carreira da artista.

Um disco diferente
Diferente dos trabalhos anteriores, The Great Impersonator mergulha em temas profundos, como quase-morte, transformação pessoal e experiências íntimas. São 18 faixas de uma Halsey mais conceitual e autêntica, longe do pop mainstream. Para ela, a gravadora ignora o contexto do projeto e compara os resultados com o sucesso de Manic (2020), que teve 239 mil vendas na primeira semana, algo impossível de replicar toda hora.
“Eles querem que eu faça números do Manic sempre. Mas nem tudo funciona assim. O que entreguei foi um álbum conceitual, emocional e honesto. E, mesmo sem grande apoio das rádios, fiz bons números”, desabafou.
Comparações com outros artistas
A cantora também criticou o padrão da indústria: artistas são constantemente medidos pelo desempenho de outros. “Se a comparação for: ‘Por que você não faz os números da Taylor Swift?’, você tá brincando comigo!”, disse Halsey. Ela lembra que, no passado, disputava o topo da Billboard com Ariana Grande de forma saudável, trocando mensagens e curtindo a competição, bem diferente da cobrança atual.
Base de fãs
Apesar da pressão, Halsey reforçou a importância da base de fãs, que se mantém firme desde Badlands (2015), seu primeiro disco. “100 mil álbuns na primeira semana, sem hit nas rádios, só com apoio da fanbase, é uma vitória que deveria ser celebrada.” O álbum chegou ao 2º lugar da Billboard 200, provando que há espaço para projetos autorais e experimentais.
No fim, a artista deixa claro seu incomodo e como tem prezado pela liberdade criativa.