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Humberto Gessinger manda a real: “Não tenho a menor saudade dos anos 80”

Longe do saudosismo, vocalista dos Engenheiros do Hawaii valoriza conexão direta com o público atual e critica a romantização da década

09/05/2025 - 14h28min

Atlântida
Divulgação/Internet
Humberto Gessinger curte o agora: "Consigo chegar ao meu público de forma mais direta do que nos anos 80"

Quando se fala em rock nacional, é impossível não lembrar dos anos 80. Mas, para Humberto Gessinger, líder dos Engenheiros do Hawaii, essa lembrança vem sem nenhum suspiro nostálgico. Em entrevista ao Estadão, o músico gaúcho deixou claro: “Não tenho a menor saudade daquela época”.

Apesar de reconhecer que os anos 80 foram importantes para o surgimento de grandes bandas como Legião Urbana, Titãs, Os Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho, Gessinger evita romantizar o período. “Talvez o Brasil seja isso, né? Talvez fosse uma ilusão outro tipo de música iluminar”, comentou, apontando a força do lado comercial da indústria musical.

Hoje, focado na carreira solo, ele valoriza a autonomia e a proximidade com o público — algo que, segundo ele, era mais difícil na década passada. “Se estivéssemos nos anos 80, meu primeiro disco não estaria disponível, estaria fora de catálogo. Mas hoje está aí, acessível”, disse. E completou: “Nunca quis fazer parte de nada hegemônico. Faço um trabalho bem específico. Está ótimo assim”.

Para ele, o presente é bem mais interessante que o passado. E, pelo visto, a saudade ficou mesmo só nas letras das músicas.


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