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Black Eyed Peas: A trajetória de um dos maiores grupos do pop mundial

Do hip-hop às paradas globais, conheça a história, as transformações e o legado do Black Eyed Peas na música contemporânea.

28/05/2025 - 16h50min

Atlântida
Divulgação/Internet
Dos anos 90 ao futuro: The Black Eyed Peas é mais que uma banda, é um movimento

O Black Eyed Peas é um dos grupos mais icônicos da música mundial, conhecido pela sua capacidade de se reinventar, quebrar barreiras e unir diferentes estilos, como hip-hop, pop, dance, eletrônica e ritmos latinos. Formado em Los Angeles em 1995, o grupo surgiu a partir da amizade de will.i.am e Apl.de.ap, que se conheceram ainda na adolescência, movidos por uma paixão em comum pela música e pela cultura hip-hop.

O grupo nasceu com fortes raízes no hip-hop alternativo e underground, inicialmente chamado de Atban Klann, mas logo mudou para Black Eyed Peas, simbolizando algo que é "conforto para a alma", segundo os próprios integrantes. A formação original contava com will.i.am, Apl.de.ap, Taboo e, na época, a vocalista Kim Hill, que permaneceu até 2000.

Primeiros passos no hip-hop alternativo

Em 1998, lançaram o álbum de estreia Behind the Front, que, apesar de não alcançar grande sucesso comercial, foi muito bem recebido pela crítica, consolidando o grupo na cena hip-hop alternativa. Dois anos depois, veio Bridging the Gap, que manteve a proposta de letras conscientes e músicas com forte influência de jazz, soul e rap.

Porém, a grande virada veio em 2002, quando a vocalista Fergie se juntou oficialmente à banda, trazendo um novo elemento: uma voz marcante, mais apelo pop e presença cênica. A partir daí, o Black Eyed Peas começou sua transformação para se tornar um dos maiores grupos de música pop e eletrônica do mundo.

Explosão global: sucesso nas paradas

Em 2003, o álbum Elephunk levou o grupo ao estrelato. Sucessos como “Where Is the Love?”, “Shut Up”, “Hey Mama” e “Let’s Get It Started” invadiram as rádios do mundo todo. A mistura de pop, rap e mensagens sociais foi uma fórmula certeira.

O auge continuou com o álbum Monkey Business em 2005, que trouxe hits globais como “Don’t Phunk with My Heart”, “My Humps” e “Pump It”, consolidando o grupo no topo das paradas e nas premiações internacionais.

Era eletrônica e domínio mundial

Em 2009, com o álbum The E.N.D., o grupo mergulhou de vez na música eletrônica, surfando na onda do EDM que dominava o mundo na época. Hits como “Boom Boom Pow”, “I Gotta Feeling”, “Meet Me Halfway” e “Imma Be” dominaram as paradas. A faixa “I Gotta Feeling”, produzida com David Guetta, tornou-se uma das músicas mais tocadas da história, sendo trilha sonora de festas, casamentos e celebrações no mundo inteiro.

No ano seguinte, lançaram The Beginning, que manteve a pegada eletrônica, com singles como “The Time (Dirty Bit)”, “Just Can’t Get Enough” e “Don’t Stop the Party”.

Hiato e projetos paralelos

Após o enorme sucesso dessa fase, os integrantes decidiram, em 2011, dar uma pausa nas atividades para focar em projetos solo. Fergie investiu na carreira como cantora solo e empresária, enquanto will.i.am lançou álbuns próprios e se envolveu com tecnologia e inovação, além de atuar como jurado em programas como The Voice UK.

Retorno sem Fergie e nova fase

Em 2015, surgiram os primeiros sinais de retorno, com a colaboração do grupo com David Guetta em uma nova faixa, embora ainda sem a presença de Fergie, que estava focada em seu segundo álbum solo.

Os rumores da saída definitiva de Fergie foram confirmados em 2017, quando will.i.am afirmou que ela queria se dedicar à carreira solo. Apesar disso, logo depois, o próprio will.i.am tentou minimizar a situação, afirmando que ninguém substituiria oficialmente Fergie, embora o grupo já estivesse colaborando com a cantora J. Rey Soul, que foi oficializada como vocalista em 2018.

Com essa nova formação, o grupo lançou em 2018 o álbum Masters of the Sun Vol. 1, um retorno às raízes do hip-hop, com críticas sociais mais fortes, inspirado em quadrinhos e na cultura urbana.

Em 2020, em plena pandemia, o grupo fez uma live para a Budweiser ao lado de Jessica Reynoso (J. Rey Soul), mostrando sua versatilidade mesmo em tempos difíceis. Nesse mesmo ano, lançaram o álbum Translation, que marcou uma guinada para os ritmos latinos, com parcerias de peso como Shakira, Maluma, J Balvin, Ozuna e Anitta, além do hit “eXplosion” com a própria Anitta, que também foi apresentado no Rock in Rio 2019.

Em 2022, veio o álbum Elevation, que manteve a pegada multicultural, misturando hip-hop, pop, reggaeton e música eletrônica, confirmando que o Black Eyed Peas continua relevante e atualizado no cenário musical global.

Uma relação especial com o Brasil


O Brasil sempre teve um lugar especial na trajetória do Black Eyed Peas. O grupo já declarou inúmeras vezes seu amor pela cultura, pela música e pelo povo brasileiro.

  • Em 2006, gravaram com Sérgio Mendes uma nova versão do clássico “Mas Que Nada”, que virou um hit mundial.
  • No Réveillon de 2006/2007, fizeram um show histórico para mais de 1 milhão de pessoas na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro — o maior público da carreira.
  • Will.i.am gravou os clipes de “I Got It From My Mama” e “Great Times” no Brasil, além de comprar uma casa na Joatinga, no Rio.
  • Na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, o grupo destacou o Brasil várias vezes durante a apresentação.
  • Em 2011, will.i.am participou do filme Rio, dublando o personagem Pedro e gravando músicas para a trilha sonora, como “Hot Wings”.

Formação atual e discografia completa

Formação atual:

  • Will.i.am – vocais, piano, sintetizador, baixo (1995 – presente)
  • Apl.de.ap – vocais, bateria (1995 – presente)
  • Taboo – vocais, DJ, guitarra (1995 – presente)
  • J. Rey Soul – vocais (2018 – presente)

Ex-integrantes:

  • Dante Santiago – vocais (1995)
  • Kim Hill – vocais (1995–2000)
  • Fergie – vocais (2002–2017)

Discografia:

  • Behind the Front (1998)
  • Bridging the Gap (2000)
  • Elephunk (2003)
  • Monkey Business (2005)
  • The E.N.D. (2009)
  • The Beginning (2010)
  • Masters of the Sun Vol. 1 (2018)
  • Translation (2020)
  • Elevation (2022)

Premiações e legado

O grupo coleciona prêmios como Grammy, MTV Music Awards, Billboard Music Awards, além de múltiplos reconhecimentos ao redor do mundo. Seu legado é marcado pela inovação, pela quebra de barreiras musicais e culturais, e pela capacidade de se conectar com diferentes gerações e estilos.

Com quase três décadas de estrada, o Black Eyed Peas segue como referência mundial, provando que criatividade, reinvenção e paixão pela música são ingredientes que nunca saem de moda.