
Hoje, 9 de abril, o eterno Chorão completaria 55 anos. Ícone do rock nacional, ele marcou uma geração com atitude, som pesado e letras que traduzem até hoje os sentimentos de quem vive intensamente.
Para lembrar essa figura tão única, a galera da ATL separou alguns momentos que mostram por que ele continua fazendo tanta falta.
Quem foi o Chorão?
Nascido na capital São Paulo em 1970, Alexandre Magno Abrão – o nosso Chorão – era skatista antes mesmo de pensar em virar músico.
Foi ali, nas ruas, mandando manobra e tomando uns tombos, que ele ganhou o apelido. Dizem que, quando errava nas sessões, os amigos zoavam: “Para de chorar e volta pro skate!”. Nasceu o Chorão.
Com o tempo, trocou a capital paulista por Santos, cidade que virou seu lar e cenário de muitas das suas histórias.
Charlie Brown Jr.
A paixão pela música veio junto com o skate. Durante a juventude, o rock já era trilha sonora das sessions e dos rolês. Mas foi aos 21 anos que tudo começou pra valer. Chorão passou por uma banda chamada What's Up e, ali, conheceu Champignon – que seria seu parceiro de estrada e som no Charlie Brown Jr.
O nome da banda veio de forma inusitada: ele bateu os olhos numa barraca de água de coco com o nome “Charlie Brown” e curtiu. Para dar aquele toque de identidade, veio o “Jr.” – já que eles se consideravam filhos do rock. O resto é história: shows lotados, discos que viraram hino e letras que a gente canta até hoje.
SE FOR SKATE...
Se tem uma coisa que o Chorão nunca largou foi o skate. Mesmo já famoso, ele continuava indo nas pistas e fortalecendo o esporte.
Chegou a construir uma pista indoor em Santos, que virou ponto de encontro da galera e palco de vários eventos. Ele também competia, incentivava atletas e levantava a bandeira do esporte com orgulho.
Chorão: o roteirista
Essa muita gente esquece ou nem sabe: ele escreveu o roteiro de um filme! O Magnata foi lançado em 2007, com direção de Johnny Araújo e trilha sonora da banda, claro.
O longa tem a pegada rebelde e intensa que era a cara do Chorão, mostrando que ele ia muito além dos palcos.
Brigas com Marcelo Camelo

Quem acompanhava a sua carreira sabia: Chorão era coração, mas também era esquentado. E não fugia de treta.
Uma das mais lembradas foi com o Marcelo Camelo, do Los Hermanos. A discussão virou até manchete na época e rendeu bastante comentário no meio musical.
O legado
Chorão partiu cedo, mas deixou um buraco gigante na música e no coração dos fãs. Ele era real. Falava o que pensava. Representava quem se sentia fora dos padrões.
Em Santos, o nome dele virou nome de pista de skate. Nas playlists, ele segue sendo trilha de muita gente. E nos palcos da vida, sua presença ainda é sentida.
Hoje, a gente lembra dele com saudade, respeito e, claro, com muito som. Valeu, Chorão. Eternamente o marginal alado!
5 músicas e momentos inesquecíveis do Chorão com o Charlie Brown Jr:
Apresentação com Negra Li no Acústico MTV:
Apresentação com Marcelo D2 no Acústico MTV:
Show completo no Planeta Atlântida em 2012: