![Kevin Winter / Getty Images Kevin Winter / Getty Images](https://www.rbsdirect.com.br/filestore/2/4/8/0/6/1/5_0149ad100b9b2ca/5160842_935a0f8f5fdb81f.jpg?w=700)
Quem ainda não tinha ouvido falar dela, depois da performance de ‘Pink Pony Club’ no Grammy sabe exatamente quem é Chappell Roan. A canção faz parte do seu álbum de estreia “The Rise and Fall of a Midwest Princess”, lançado em 2023. Mas se você acha que essa canção foi tirada do forno junto com o álbum, está muito enganado.
Na verdade, ‘Pink Pony Club’ foi lançada lá em 2020, e mesmo que o timing não tenha sido dos melhores (por ser no período de pandemia), a canção causou impacto positivo dentro da comunidade LGBTQIAPN+. Isso porque a música carrega uma narrativa muito potente sobre autodescoberta.
Porém, após o lançamento, ela foi desligada da sua antiga gravadora, a Atlantic Records, pois a canção não teve o desempenho comercial esperado. Corta para a sua apresentação no Grammy em 2025 e com essa sendo umas das sete canções de Roan na Hot 100 dos Estados Unidos.
Mas até chegar neste momento de sua carreira, Chappell precisou lutar muito pelos seus sonhos. Nascida em uma pequena cidade do Missouri e criada em uma família religiosa, ela sentia muita dificuldade em ser quem ela sentia que deveria ser. E foi na famosa boate gay The Abbey que ela se encontrou. Em entrevista ao Headliner, ela conta como foi entrar pela primeira vez na boate:
De repente, percebi que poderia ser do jeito que eu quisesse e ninguém daria a mínima. Foi tão diferente de casa, onde sempre foi muito difícil ser eu mesma.
Apesar de não ser um local físico real, ‘Pink Pony Club’ é a metáfora para um local seguro, um lugar em qualquer pessoa é livre para ser o que quiser. Da mesma forma que ela se sentiu ao entrar na boate.
Hoje Chappell Roan é um dos grandes nomes em ascensão da música pop internacional e carrega consigo grande representatividade sendo uma artista queer que se identifica como lésbica. Além de toda a sua estética profundamente inspirada em drag queens.
Entenda a letra de ‘Pink Pony Club’:
No primeiro verso, ela traz a questão de ter se sentido aceita nos bares de Los Angeles e o início da sua autodescoberta como mulher queer: ‘Eu sei que você queria que eu ficasse / Mas não posso ignorar as visões insanas de mim em LA / E eu ouvi dizer que existe um lugar especial / Onde garotos e garotas podem ser rainhas todos os dias’.
Depois, Roan mostra que sabia o "caos” que iria causar ao contar à família a sua decisão (de se mudar para Los Angeles): ‘Não vai deixar minha mãe orgulhosa, vai causar uma cena / Ela vê a sua filhinha, eu sei que vai gritar / Deus, o que você fez? / Você é uma garota pônei rosa / E você dança em uma boate’.
Apesar disso, Chappell não deixa que sua família influencie na sua decisão: 'Ah, mãe, estou apenas me divertindo / No palco, com meus saltos / Aqui é o meu lugar na / Boate Pônei Rosa / Vou continuar dançando na / Boate Pônei Rosa ’.
Lembrando que, além da mega apresentação no Grammy, Chappell Roan ainda levou para casa o troféu de Artista Revelação, categoria que concorria com Benson Boone, Sabrina Carpenter, Doechii, Khruangbin, RAYE, Shaboozey e Teddy Swims.
O álbum “The Rise And Fall Of A Midwest Princess”, conta a trajetória de Chappell Roan ao se descobrir como uma mulher queer e você pode ouvir nas plataformas digitais.