Um caso extremo de insistência digital terminou em prisão no estado do Arizona, nos Estados Unidos. Após apenas um encontro, uma mulher foi detida por enviar mais de 150 mil mensagens a um homem ao longo de vários meses, mesmo sem receber resposta. Segundo documentos judiciais, em alguns dias o volume chegava a centenas de mensagens diárias.
O conteúdo variava entre declarações obsessivas, mensagens sem sentido e ameaças veladas, o que levou as autoridades a enquadrar o caso como perseguição. De acordo com a investigação, o homem tentou diversas vezes interromper o contato: bloqueou a mulher nas redes, trocou de número de telefone e evitou qualquer interação, mas ainda assim continuou sendo alvo das mensagens.
A legislação do Arizona considera perseguição qualquer contato repetitivo e indesejado que provoque medo, angústia ou perturbação emocional, mesmo sem agressão física. Para a polícia, o volume e a persistência das mensagens ultrapassaram completamente os limites do comportamento aceitável.
O caso reacendeu o debate sobre assédio digital e reforça que insistência excessiva, quando ignora limites claros, pode deixar de ser apenas um problema pessoal e se tornar uma questão criminal.


