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Vingança que atravessou décadas

Homem espera 50 anos e mata ex-colega por trote sofrido na escola

Caso ocorrido nos EUA em 2012 voltou a viralizar e reacendeu o debate sobre como humilhações antigas 

20/10/2025 - 13h58min

Um crime incomum ocorrido há mais de dez anos em Madison, no estado de Dakota do Sul (EUA), voltou a repercutir nas redes sociais e a levantar debates sobre traumas guardados por décadas. Em 2012, Carl V. Ericsson, então com 73 anos, matou o ex-colega de escola Norman Johnson, de 72 anos, motivado por um trote sofrido 50 anos antes, quando ambos eram adolescentes.

De acordo com as investigações, Ericsson foi até a casa de Johnson, tocou a campainha, confirmou sua identidade e atirou duas vezes no rosto da vítima, que morreu na hora. Johnson era professor e treinador aposentado da Madison High School e bastante conhecido na comunidade local.

Trote que virou trauma

Durante o julgamento, Ericsson confessou que o crime foi motivado por uma humilhação pública sofrida no vestiário da escola, quando Johnson colocou um equipamento esportivo sobre sua cabeça, provocando risadas dos colegas.

Segundo o réu, esse episódio o perseguiu ao longo da vida. Eles nunca mais tiveram contato após o ensino médio, mas Ericsson carregou ressentimentos por décadas.

Ele se declarou culpado, alegando transtornos mentais. Laudos psiquiátricos apontaram depressão severa e ansiedade recorrente. A Justiça condenou Ericsson à prisão perpétua, sem direito a liberdade condicional.

Comunidade em choque

O crime abalou a pacata Madison, conhecida por seus baixos índices de violência. “Foi um choque para todos nós”, disse o promotor Christopher Giles na época. Moradores relataram surpresa, descrevendo Johnson como um professor dedicado e querido pelos ex-alunos.

A filha da vítima, Beth Johnson, afirmou em tribunal que Ericsson “foi ciumento do meu pai a vida inteira” e classificou a perda como “irreparável”.



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