Um estudo feito por três analistas de negócios da Duke University, nos Estados Unidos, revelou que o uso da inteligência artificial (IA) no trabalho ainda tem um baita estigma. Segundo os pesquisadores, quem recorre à IA para adiantar as tarefas do expediente costuma ser percebido pelos colegas como preguiçoso e menos competente.

A pesquisa rolou em quatro experimentos. No primeiro, os participantes tinham que imaginar um cenário no qual usavam uma ferramenta de IA ou outro recurso tecnológico para finalizar um projeto. Resultado: a maioria achou que seria vista como mais descartável do que quem optasse por fazer tudo no braço.

No segundo experimento, os voluntários tiveram que avaliar colegas fictícios que usavam IA no trabalho. A imagem? Nada positiva. Foram descritos como menos autoconfiantes, menos independentes e menos esforçados.

Já no terceiro, os participantes assumiram o papel de chefes em uma seleção de emprego. Adivinha? Eles tinham menos chance de contratar alguém que admitisse usar IA. A única exceção era quando o próprio chefe também usava a tecnologia — aí o julgamento aliviava.

No quarto e último teste, os pesquisadores tentaram ver se o preconceito diminuía quando a IA era reconhecida como útil. E funcionou: nesses casos, os olhares tortos diminuíram bastante.

Ou seja, usar IA pode até ser uma mão na roda, mas ainda tem gente que torce o nariz. O futuro chegou, mas parece que o julgamento segue bem analógico.