
Imagina pagar uma fortuna em um curso gringo — tipo R$ 45 mil numa disciplina só — e perceber que boa parte do conteúdo foi montada… pelo ChatGPT. Foi o que aconteceu com a estudante Ella Stapleton, do último ano do curso de Negócios em Boston, que ficou pistola e abriu uma queixa formal contra a universidade pedindo o dinheiro de volta.
Ella percebeu que tinha algo estranho no material: frases genéricas, meio sem sentido, imagens esquisitas, tipo aquelas com mão de seis dedos. Aí puxou o fio e descobriu que o professor Rick Arrowood usou inteligência artificial não só para fazer slides, mas também para criar comentários, elaborar notas e preparar as aulas.
O professor admitiu o vacilo: disse que usou IA e, pior, não contou para os alunos. Segundo ele, isso abre espaço para debater o papel da tecnologia na educação. A universidade, a Northeastern University, reconheceu que rolou uso de IA, mas recusou o pedido de reembolso. Na nota oficial, disseram que o uso ético da IA é permitido, desde que os conteúdos sejam revisados e identificados.
A estudante, no entanto, não aceitou essa desculpa: “Paguei por aprendizado humano, não por texto de robô”, disparou.
Fato é que a treta tá formada e, no fim das contas, fica a reflexão: até onde vai o limite entre a tecnologia e o ensino de verdade?