
Universidade de São Paulo publicaram nesta quarta-feira na Neurology, periódico da Academia Americana de Neurologia, um estudo apontando que o cérebro fica mais suscetível a lesões cerebrais com o consumo de mais de oito doses de álcool por semana. Foram estudados 1781 indivíduos com média de idade de 75 anos e que foram submetidos a necropsia após morte de causa não traumática.
Os resultados mostraram que indivíduos com história de alto consumo, oito ou mais doses por semana, apresentam maior contingente de placas neurofibrilares, consideradas biomarcadores da Doença de Alzheimer. Por outro lado, mesmo aqueles que tinham consumo moderado (até sete doses por semana), apresentavam mais lesões vasculares quando comparados aos abstêmios.
Além disso, é reconhecido que a relação entre álcool e doenças cardiovasculares tem um comportamento estatístico conhecido como curva J. Quanto mais alta a posição na curva J, maior o risco. Isso significa que a ausência de consumo de álcool, que está na ponta inferior do J, está associada a um risco maior de doenças cardiovasculares do que o consumo moderado que se encontra na “barriga” do J. Por outro lado, o consumo exagerado de álcool, que se encontra na ponta superior do J, reflete um maior risco de doenças cardiovasculares.