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"Pênis com asas" enviado por embaixador a diplomata no Itamaraty vira caso de Polícia Federal

Diplomata recebeu a imagem em junho do ano passado

19/03/2025 - 18h34min

Atualizada em: 19/03/2025 - 18h36min

Atlântida
Reprodução

Um diplomata chega em seu escritório e percebe uma correspondência em sua mesa. Ao abri-la, não há nenhum texto escrito, apenas um desenho de um pênis com asas. Essa é uma história real e aconteceu em junho de 2024, no Itamaraty.

O diplomata é o primeiro-secretário Cristiano Ebner, que chefia a DSS (Divisão de Saúde e Segurança do Servidor) do MRE (Ministério das Relações Exteriores). A correspondência não indicava o real remetente, apenas uma “Fundação Kresus”, que não existe. Ebner não entendeu a correspondência como uma brincadeira e encaminhou-a à Corregedoria do MRE, para abrir um procedimento interno e descobrir o remetente do pênis com asas. Em agosto de 2024, os investigadores conseguiram imagens do circuito de segurança da agência dos Correios de Portugal, de onde a correspondência foi enviada. Através do vídeo, descobriram que o autor foi Pablo Cardoso, embaixador radicado em Lisboa e ministro-conselheiro do Brasil junto à CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).

Após ser descoberto, Cardoso revelou que tudo não passou de uma “pegadinha”. O motivo foi que, em uma sexta-feira, ele não queria ser atarefado com novas demandas e comentou com seus colegas em Lisboa que, se alguém o acionasse, iria fazer uma “brincadeirinha”. Acontece que ele recebeu uma instrução da DSS e, para “se vingar”, enviou o pênis com asas para o chefe da divisão.

Em seu relato à Corregedoria, Ebner relatou que o ato, por ter sido feito por um colega de profissão em posição superior na hierarquia, deveria configurar assédio moral, quebra de decoro e preconceito. Ele qualificou o ato como não tendo “justificativa racional” e disse que o desenho lhe causou “constrangimento, angústia, temor e ansiedade”, fazendo-o se sentir ameaçado.


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