Sumiu, evaporou, deu perdido: isso é ghosting
Tem gente que some como se tivesse apertado o botão "desaparecer da vida de alguém" e pronto: bloqueia, para de responder, não visualiza mais, e se bobear ainda continua postando story como se nada tivesse acontecido. Se você já viveu isso, bem-vindo ao universo do ghosting, ou como muitos chamam, o "ato de virar fantasma" nos relacionamentos modernos.
A palavra vem do inglês ghost, que significa “fantasma”, e descreve exatamente o que acontece: a pessoa desaparece da sua vida sem aviso, explicação ou fechamento. Um dia vocês estão trocando áudios com três minutos e emojis de coração, no outro é um silêncio absoluto. A conversa morre, e quem fica tentando entender o que aconteceu geralmente é você.
O que é ghosting nos relacionamentos?
O ghosting virou quase um sintoma da era dos aplicativos, dos contatinhos instantâneos e do medo de se comprometer com qualquer coisa que vá além de meia dúzia de mensagens bem-humoradas. No campo dos relacionamentos, ele acontece quando uma das partes resolve sumir sem aviso, sem nem deixar o “foi mal, não tô mais a fim”.
Tem gente que acha que isso é “liberdade”, que cada um faz o que quer, que “não era namoro, então não devo satisfação”. Mas a real é que ghosting, mesmo nos flertes casuais, pode machucar. Porque não se trata de formalidade, mas de empatia. E tem um limite entre perder o interesse e simplesmente desaparecer como se a pessoa nunca tivesse existido na sua vida.
Por que as pessoas fazem ghosting?
Existe um mix de fatores que explicam o ghosting, e quase todos eles giram em torno de uma palavra que ninguém gosta de ouvir: imaturidade. Sumir de alguém sem dizer nada costuma ser a saída de quem não quer lidar com a possibilidade de gerar incômodo, frustração ou ter que dizer verdades difíceis.
Às vezes o problema não é nem pessoal. Pode ser que a pessoa esteja passando por questões próprias, bloqueios emocionais ou até mesmo inseguranças. Mas nada disso justifica o sumiço completo. [
Sinais de que o ghosting tá chegando
Por mais que, na prática, o ghosting aconteça de forma repentina, na maioria das vezes o roteiro começa bem antes do fim. As respostas já não vêm com o mesmo entusiasmo, a frequência das conversas diminui, o papo começa a esfriar e tudo que antes parecia espontâneo começa a parecer mecânico.
Você manda uma mensagem de bom dia e recebe um "oi" seco horas depois, se receber. O clássico “tô meio na correria” vira desculpa padrão, e os planos de se ver começam a ser sempre adiados.
Esse tipo de afastamento gradual é um spoiler do que vem por aí. E, mesmo sem querer acreditar, a intuição geralmente já avisa. O difícil é aceitar que, às vezes, o desinteresse do outro grita e a gente finge que não ouviu porque ainda quer muito que a história continue.
Como lidar com ghosting sem pirar?
Levar um ghost dói. E não porque a relação era super séria, mas porque o sumiço inesperado ativa gatilhos: rejeição, abandono, insegurança. A vontade é de mandar mensagem atrás de mensagem, pedir explicação, tentar entender. Mas, na real, a melhor coisa a se fazer quando alguém escolhe sumir é deixar essa pessoa ir.
Dá pra sofrer, claro. Tá tudo bem chorar, conversar com os amigos, ouvir um álbum inteiro da Taylor Swift. Mas o mais importante é: não leve pro pessoal. O ghosting quase nunca tem a ver com você. É sobre o outro, sobre a forma como ele escolheu (ou não soube) lidar com sentimentos e responsabilidades emocionais.
Ghosting é sobre ausência mas também é sobre escolhas
No fim das contas, o ghosting serve como um alerta: a gente precisa aprender a se comunicar melhor. E, principalmente, entender que sinceridade é sempre mais respeitosa do que o silêncio. Não importa se a relação durou três dias ou três meses. Se teve afeto envolvido, merece pelo menos um “olha, não vai rolar”.